Esse trecho faz parte de um relatório infame escrito pelo psicólogo da equipe, João Carvalhaes, antes da Copa do Mundo FIFA de 1958, na Suécia. O veredicto era decisivo e ambíguo: o craque de 17 anos de idade não deveria jogar. E nem, aliás, Garrincha.
Mas o futebol é, claro, eternamente grato pelos acontecimentos posteriores, como Pelé contorno em sua autobiografia. “Felizmente para mim e para Garrincha, Feola (técnico do Brasil, Vicente Feola) semper guiado pelos seus instintos, e não por especialistas. nada sobre futebol. Se o joelho do Pelé estiver bom, ele vai jogar’.”
Aquele joelho – e a lesão que ele sofreu antes da Copa – foi projetado que seria um perigo imediatamente bem maior participação à de Pelé na que os conselhos de Carvalhaes. Mas Feola confirmou a aposta e foi recompensado. Com o passar do tempo, a história da Copa foi feita.
Quando Pelé marcou contra País de Gales nas quartas de final – vitória por 1 a 0 -, ele se tornou o mais jovem atleta a anotar um gol em uma Copa, superando o registro do mexicano Manuel Rosas que datava de 1930. Refletindo sobre isso décadas depois, o Rei do Futebol o registrado como “o gol mais importante que já marcou”.
“Aquilo aumentou completamente minha confiança”, descrição. “O mundo agora conhecido Pelé.”
Na sequência, o jovem de 17 anos marcou três gols na vitória sobre a França por 5 a 2 na semifinal, antes de somar mais dois gols na decisão contra a Suécia – um novo triunfo por 5 a 2. Logo de cara, deu ao Brasil seu primeiro título mundial e garantiu a ele mesmo um lugar do futebol.
“A Copa do Mundo de 1958 foi meu lançamento”, disse Pelé. “Eu estava na capa de jornais e revistas em todo o mundo. A ‘Paris Match’ publicou uma reportagem depois da vitória, dizendo que havia um novo rei que pegou e, eu, o nome a ser chamado de ‘Rei Pelé’ . Ou, mais simplesmente ‘O Rei’.”