O cientista climático Carlos Nobre, co-presidente do Painel Científico para Amazônia, afirmou ser necessário que o Brasil, para salvar a Floresta Amazônica, garanta a restauração mínima de 50 milhões de hectares, 38 milhões a mais do que o país se comprometeu no Acordo de Paris para todos os biomas.
O pesquisador foi um dos participantes do painel “Financiando soluções baseadas na natureza e escalando a restauração florestal no Brasil”, realizado neste sábado (12), no Brazil Climate Action Hub.
Nobre defendeu forte mobilização no governo Lula para reunir recursos de doadores internacionais e iniciar imediatamente a restauração de territórios indígenas, unidades de conservação desmatadas e 600 mil quilômetros de terras devolutas, uma vez que não há verbas previstas no Orçamento da União.
“O mundo está preocupado em salvar a Amazônia. Acho que é viável conseguir US$ 1 bilhão de filantropias para que a partir de 1° de janeiro já seja possível começar a restaurar”, disse o cientista.
Segundo ele, a restauração dos 50 milhões de hectares é essencial para evitar a autodegradação da floresta e o “ponto de não retorno”.