Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados quer reconhecer a expressão “vira-lata caramelo” como manifestação cultural imaterial do Brasil. O texto homenageia o animal ao caracterizá-lo como “um dos cachorros mais populares e amados” do país, e exalta a “mistura de raças” do bicho, responsável por “mostrar que a diversidade é uma das nossas maiores riquezas”.
A proposta é de autoria do deputado Felipe Becari (União Brasil-SP). O parlamentar, que se define como um defensor da causa animal, afirma que a sugestão partiu das dificuldades enfrentadas pelas entidades que lutam pelos direitos dos animais.
Fui eleito pelas pessoas que amam o meio ambiente e os animais. As questões de abandono e de maus-tratos precisam ser enfrentadas no país, e o Parlamento é o espaço adequado para essas discussões”, comenta o deputado.
O projeto foi protocolado na Câmara em 14 de abril e aguarda despacho do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para a definição das comissões nas quais tramitará. “Temos de fomentar as adoções. Apenas no instituto que apoio, temos quase mil animais à espera de um lar. Assim, a ideia é reforçar a cultura da adoção e o fim do preconceito contra os animais sem raça definida”, completa.
Em defesa do vira-lata caramelo
Em julho de 2020, quando o Banco Central anunciou a criação da cédula de R$ 200, houve mobilização, principalmente na internet, para a estampa da nova nota ser o vira-lata caramelo. Os pedidos renderam memes nas redes sociais.
A campanha originou um abaixo-assinado com pedido para tornar o cão o ícone da nota de R$ 10. No entanto, nenhuma das manifestações vingou. Meses depois do lançamento da cédula de R$ 200, o Banco Central divulgou um vídeo em que o vira-lata caramelo pedia para o lobo-guará — símbolo da nova nota — ser recebido com o mesmo carinho pelos brasileiros.
Fonte: R7