Artigo, por Dr. Divaldo Martins da Costa
Toda ditadura começa com os seus títeres intimidando, incutindo medo e ASSUSTANDO os cidadãos. Acontecimentos históricos recentes revelam que para calar o povo basta intimida-lo, incutir-lhe medo, ASSUSTA-LO.
Trata-se de um eficaz método de dominação psicológica das massas, que evolui para violações mais graves, como censura, interdição de direitos, prisão, tortura, exílio e morte.
Pensemos bem!
Quem está acima do bem e do mal, hoje em dia, em nosso nosso Pais?
Quem prende idosos, velhinhas enfermas, crianças, deficientes físicos em suas cadeiras de roda?
Quem prende os adversários políticos, os que lhe fazem alguma crítica e os que não lhe devotam temor reverencial?
Quem prende quem quer, quando quer, com sadismo, até; e solta quando bem lhe aprouver, sem que as suas vítimas tenham a quem recorrer?
Quem já intimidou, incutiu medo e ASSUSTOU as nossas Instituições, deixando os seus agentes totalmente calados?
Quem age e reage hoje em dia em nosso País como se fora o despótico rei francês Luís XIV, como sua frase famosa: “L’État, c’est mói”?
Quantos presos políticos, exilados, asilados, já temos atualmente?
Quem já conta com um ministro “capitão-do-mato” para ajudá-lo nas suas missões “democráticas”?
Quem vive a ASSUSTAR, intimidar e a fazer medo a todos os brasileiros?
Sabemos as respostas para estas indagações mas não dizemos nada, porque já estamos intimidados, com medo, ASSUSTADOS.
Precisamos refletir sobre isso.
Precisamos ter consciência de que isso não é democrático, e muito menos, humano.
Precisamos reagir ao medo.
Precisamos sair desse quadro psicológico de intimidação e SUSTO coletivo.
Precisamos agir para evitar um mal maior. Precisamos ter consciência de que só se consegue reverter um quadro de tirania e autoritarismo ditatorial depois de já CONSOLIDADO, com muitos sacrifícios e grandes perdas, materiais e humanas, pessoais e coletivas.
Lembremos de como tudo começou, para onde evoluiu e como vivem hoje os povos irmãos de Cuba, Nicarágua, Venezuela.
Lembremos dos fatos passados na história. Em todo lugar, a qualquer tempo, a ESPIRAL DE SILÊNCIO própria dos regimes autoritários, despóticos, ditatoriais, NÃO SE FORMOU no seio do povo de uma vez só. Ela teve um “iter”, um crescendo, mediante um processo empírico de intimidação, medo e SUSTO coletivo.
Tudo começa com as cômodas indiferenças para com pequenas violações dos direitos humanos e de cidadania. uma proibição aqui, outra ali; um pode e um não pode sem maior importância; um abuso de poder de vez em quando contra idosos, mulheres, crianças, ex-ministro, ex-juiz, ex-Procurador, ex-presidente e sua mulher e filha de 12 anos.
Tudo sob o manto diáfano da democracia!
Tudo, até estimulado por um egoísmo às avessas de todos nós: – não foi comigo, por que vou me meter nisso?
E, de repente, sem se dar conta, muitas pessoas da comunidade, até mesmo algumas daquelas que preferiram adotar um silêncio cúmplice, já estão sendo atingidas por proibições e violências de maior gravidade: intimidação, medo, susto, censura, interdição de direitos, prisão, tortura, exílio e morte.
Atribui-se a Martin Luther King esta frase de valor inquestionável: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.
De fato, quando os bons se calam, os maus triunfam. É sob o silêncio cúmplice dos bons que os maus cometem as maiores atrocidades e os mais hediondos crimes.
A história é farta de exemplos. E, isso tem sido bem visível ultimamente em nosso País, como nota destoante da índole pacífica do nosso povo,
e do espírito acadêmico, democrático e plural deste Grupo.
Pensemos nisto!
Ao remate desta reflexões, divido com todas e com todos vós a REVELAÇÃO de um oficial nazista, quando do seu julgamento no Tribunal de Nuremberg, sobre a forma mais ASSUSTADORA de dominação do inconsciente coletivo, levando o povo alemão a aceitar os horrores praticados pelo SEU ditador:
Hermann Göring, oficial nazista, comandante da poderosa força aérea alemã “Luftwaffe”, foi responsável direto por muitas atrocidades cometidas contra os judeus e outras minorias desarmadas durante a II Guerra Mundial. Terminada a guerra, foi ele preso e julgado por genocídio perante o Tribunal de Nuremberg, em Berlim, em 1945/1946.
No julgamento, ele foi perguntado por um dos jurados:
– “Como você fez o povo alemão aceitar tudo isso?”
Ele respondeu:
– “Foi fácil! Não tem nada a ver com nazismo; tem a ver com a natureza humana. Você pode fazer isso em um regime nazista, socialista, comunista; em uma monarquia e até mesmo numa democracia. Tudo o que você precisa fazer para escravizar as pessoas é ASSUSTA-LAS. Se você consegue desenvolver uma maneira de ASSUSTAR as pessoas, pode obrigá-las a fazer o que você quiser.”
Quem nos ASSUSTA, aqui no Brasil, nos dias atuais?