Fernando Villavicencio, um crítico veemente da corrupção e do crime organizado, foi morto na quarta-feira (9), durante um evento de campanha noturno no norte de Quito.
O suspeito do crime morreu mais tarde devido aos ferimentos sofridos em um tiroteio e outros seis foram presos até agora, disse o gabinete do procurador-geral. Nove pessoas, incluindo um candidato ao Legislativo e dois policiais, ficaram feridas, acrescentou.
O presidente Guillermo Lasso disse que o crime foi claramente uma tentativa de sabotar a eleição, mas que a votação ocorreria conforme planejado em 20 de agosto, embora em meio a um estado de emergência nacional com os militares mobilizados para garantir a segurança.
Lasso também declarou três dias de luto.
O assassinato gerou raiva dos partidários de Villavicencio em relação ao ex-presidente Rafael Correa, de quem Villavicencio era um detrator declarado quando trabalhava como jornalista.
Villavicencio havia sido condenado a 18 meses de prisão por difamação por declarações feitas contra o ex-presidente, mas fugiu para território indígena no Equador e depois recebeu asilo no Peru, antes de retornar depois que Correa deixou o cargo.
“O Equador se tornou um Estado falido”, disse Correa, que agora mora na Bélgica, na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter. “Espero que aqueles que tentam semear mais ódio com esta nova tragédia entendam que isso só continuará a nos destruir”.
O partido de Villavicencio, Movimiento Construye, disse na quarta que discussões foram realizadas recentemente sobre a suspensão da campanha devido à violência política, incluindo o assassinato em julho do prefeito de Manta.
Villavicencio se opôs à suspensão, afirmou, dizendo que seria um ato de covardia.
Villavicencio havia feito na terça-feira (8), um relatório ao gabinete do procurador-geral sobre um negócio de petróleo, mas nenhum outro detalhe de seu relatório foi divulgado.
Villavicencio, teve 7,5% de apoio nas pesquisas, colocando-o em quinto lugar entre oito candidatos.