Bebê de Débora foi retirado com faca de cozinha, colocado no saco e jogado no rio, diz polícia
A jovem grávida Débora da Silva Alves, 18, foi morta e em seguida teve a barriga cortada com uma faca de cozinha, depois o bebê foi colocado em um saco de estopa cheio de ferro e foi levado pelo vigilante Gil Romero Machado Batista, 41, para o Porto da Ceasa, onde ele pegou um barco e jogou o pequeno Arthur no rio, revelou o delegado geral da Polícia Civil do Amazonas, Bruno Fraga, durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (10).
“Infelizmente essa morte foi confirmada e soubemos que o Gil Romero contou durante interrogatório que junto com seus comparsas cometeu o crime. Ele usou uma faca de cozinha e fez a extração do bebê, usou um saco de estopa e colocou vários ferros dentro. Em seguida foi até o Porto da Ceasa, pegou uma embarcação e jogou o bebê no rio”, disse.
Segundo a delegada Déborah Barreiros, na manhã desta quinta (10) foi realizada uma acareação com o Gil Romero e José Nilson Azevedo da Silva, o ‘Nego’, onde foram levantados pontos da investigação que eram contraditórios entre eles. Durante esse segundo interrogatório de Gil Romero, o mesmo acabou confessando em detalhes todo o crime e revelou que o bebê foi arrancado da barriga da jovem e jogado no rio.
Saiba
“O Gil Romero contou que levou Débora em seu carro até o galpão da usina no bairro Mauazinho, onde ele trabalhava e nesse local a agrediu, e ela acabou desmaiando. No local, junto com ‘Nego’, colocou uma corda no pescoço dela, pisou no peito dela, e puxou a corda até estrangulá-la. Levaram o corpo de Débora para o galpão e atearam fogo dentro de um tonel”, conta a delegada.
Gil Romero retornou para trabalhar normalmente e Nego foi embora. Contudo ele ficou pensando que se achassem o corpo da vítima, iriam fazer exame de DNA no bebê e iriam ligar ele ao crime.
“Após isso, Gil Romero voltou até o tonel, retirou o bebê da barriga dela com uma faca e o colocou no saco; depois do expediente de trabalho, levou o feto do filho para ser jogado no rio. E em seguida foi para casa dormir”, detalhou.
De acordo com a delegada, Ana Julia Azevedo Ribeiro, esposa de Gil Romero, procurou a delegacia ainda na tarde desta quinta, acompanhada de seus advogados, e vai prestar depoimento. Até o momento, segundo a autoridade, a mulher não teria envolvimento com a morte da mãe e do bebê, mas desconfiava que o marido tinha envolvimento no crime.
“O Gil Romero disse que a esposa não teve envolvimento com a morte da Débora, ele relata que tudo foi feito por ele e por “Nego”, e que depois do ocorrido foi para casa e contou para a Ana Júlia que tinha cometido uma besteira. Ele alega que fugiu por medo do crime que cometeu”, finalizou.
Gil Romero e “Nego” estão presos e devem continuar à disposição da Justiça. Ana Júlia vai ser interrogada e depois liberada.
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