A Aneel rejeitou recurso e reafirmou a recomendação de extinção da Amazonas Energia, que havia ingressado com um pedido de reconsideração da decisão pelo colegiado do órgão regulador do sistema elétrico, mas teve o recurso negado por unanimidade. A concessionária também recorreu, sem sucesso, da decisão da Aneel pelo indeferimento do pedido de Revisão Tarifária Extraordinária.
A manifestação favorável à revogação do contrato da concessionária foi aprovada pela agência em novembro do ano passado, e a documentação do processo seguiu para análise e decisão do Ministério de Minas e Energia. A Aneel negou, na ocasião, um pedido da Oliveira Energia de transferência do controle societário da distribuidora para a Green Energy Soluções em Energia. A empresa não conseguiu comprovar capacidade técnica e econômico-financeira para administrar a concessão.
Descendo a ladeira após a privatização
A Amazonas Energia foi privatizada em novembro de 2018, e já cinco anos depois, apresentou uma geração de caixa negativa, alto nível de endividamento e problemas de inadimplência setorial, segundo a Aneel, o que já demonstrava como ficaria o setor elétrico no Amazonas. O controlador poderia apresentar um plano de recuperação econômica ou uma proposta de venda do controle para evitar a caducidade e escolheu a segunda opção, mas o processo foi marcado por sucessivos pedidos de adiamento de prazo para apresentação do plano de transferência, que se mostrou inviável, na avaliação da agência.