Café da manhã movimenta economia informal em vários pontos da cidade
Com a crise financeira que assolou o país nos últimos sete anos, um segmento da economia informal que cresceu assustadoramente, foi o de comercialização de café da manhã. A pandemia da Covid-19 fez cair um pouco o movimento com o “fique em casa”, mas agora voltou a todo o vapor no Centro e bairros populacionais e periféricos de Manaus.
Com a regularização feita pela Prefeitura de Manaus em 2023, com os comerciantes do Centro, esses pequenos empreendedores puderam respirar aliviados, por terem a certeza de que não serão retirados das áreas onde ocupam.
Roberto Bezerra, diretor do Departamento de Comércio Informal, da Secretaria de Abastecimento, disse que além do cadastro os comerciantes receberam cursos de manipulação de alimentos para melhor atender os clientes.
Opção de renda na periferia
Em bairros populosos como Zumbi dos Palmares e São José, por toda a extensão da Avenida Grande Circular, pode-se encontrar esses pequenos comerciantes nas primeiras horas da manhã, como é o caso de Hortêmia de Jesus, 51, que monta uma pequena tenda e vende café da manhã nas proximidades do Shopping Grande Circular.
“Já trabalho com isso há bastante tempo e está dando para ganhar dinheiro. Dá para sustentar a família e até já comprei um carro para trazer os materiais”, diz ela, apontado para um Gol “cara-chata” estacionado ao lado.
Ela trabalha juntamente com o marido e uma filha há dez anos no local.
Mas há oportunidade para todos. Alguns procuram a proximidade de hospitais, como é o caso de Gilmar Andrade de Oliveira, natural de Manacapuru, que vive em Manaus há mais de 50 anos, atuando há 34 anos em uma barraca ao lado do Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, localizado no bairro Adrianópolis.
Segundo ele. Tudo isso se deve, principalmente, a uma única figura: sua mãe, que foi quem decidiu que era hora da família ‘tentar a vida’ na capital. Ele diz orgulhoso que conseguiu colocar uma filha na faculdade com dinheiro dali.
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