Em nome de Alá indígenas do Amazonas são doutrinados por grupos islâmicos
A primeira denúncia foi feita em 2023 e investigada pela Polícia Federal, que comprovou e trouxe de volta 5 indígenas que já estavam no Oriente. Os novos recrutas passavam por Manaus e seguiam para a Turquia. Com novas denúncias chegando da área de São Gabriel da Cachoeira, a Câmara Federal voltou a pautar o assunto.
Parlamentares e líderes indígenas acreditam que a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas, tenha gerado a necessidade de novos soldados para continuar os combates, que não tem data para acabar. Em São Gabriel da Cachoeira e Benjamin Constant, todo mundo comenta sobre o assunto e muitos até defendem, pois vêem nessa ida para o Oriente Médio uma oportunidade de vida melhor.
Depois dos padres evangélicos, agora são os muçulmanos
Foi comprovado que uma organização turca intitulada Associação Solidária Humanitária do Amazonas (Asham) levava crianças e adolescentes indígenas de São Gabriel da Cachoeira, a maior cidade indígena do Brasil, na fronteira com a Colômbia.
Os adolescentes e crianças eram, inicialmente, enviados para Manaus, onde aprendiam árabe, turco, lições do alcorão e a religião muçulmana. Em seguida, eles eram enviados para São Paulo e, por fim, quando completavam 18 anos, iam para as cidades de Kutahya e Tarsus, em território turco.
Jovens estão em internatos islâmicos
Pelo menos cinco jovens indígenas já estão na Turquia, onde estudam em internatos religiosos islâmicos. Uma ação coordenada entre Funai, conselhos tutelares e Polícia Federal retirou 14 adolescentes e uma criança do abrigo improvisado, que ficava em Manaus.
O local não tinha documentação necessária para funcionamento e foram encontradas peças de carne vencidas desde 2021, que os alunos estariam comendo.
A Comissão de Relações e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados realizou, a época, uma audiência, sobre uma instituição muçulmana que estava levando jovens indígenas para fora do país.
Na audiência, dentre outros, esteve presente a diretora de Promoção ao Desenvolvimento Sustentável da Fundação Nacional do Indígena (Funai), Lúcia Alberta Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da delegada da Polícia Federal (PF) Letícia Prado e da secretária de Articulação e Promoção de Direitos Indígenas do Ministério dos Povos Indígeinas (MPI), Juma Xipaia. Agora, com as novas denúncias, a Câmara volta a agir.
Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles