Na esteira da preocupação crescente com os impactos da seca iminente nos rios amazônicos, um grupo composto por representantes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), da Marinha do Brasil e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), da Praticagem do Amazonas, em colaboração com o Grupo Chibatão, reuniu-se nesta quarta-feira (10) para uma ação estratégica de reconhecimento na região do Tabocal e Enseada do Madeira e Faroletes, áreas duramente afetadas pela seca do ano anterior.
A iniciativa, liderada pelo Grupo Chibatão, surge como resposta antecipada aos prejuízos econômicos decorrentes da histórica seca dos rios amazônicos em 2023. Segundo projeções, estima-se que neste ano até 90 mil contêineres possam deixar de chegar à capital, Manaus, o que teria impactos significativos tanto no comércio local quanto no desempenho da Zona Franca de Manaus, um dos principais polos industriais do país.
Em uma declaração, Jhony Fidelis, diretor do Grupo Chibatão, destacou a importância de se antecipar aos desafios iminentes: “É crucial que tomemos medidas preventivas para garantir a logística eficiente no Amazonas. A seca é uma realidade que enfrentamos todos os anos, e se não agirmos com antecedência, os prejuízos podem ser ainda mais severos”.
Durante o sobrevoo de reconhecimento, Erick Moura, Diretor de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, ressaltou: “Estamos aqui para avaliar as condições das vias navegáveis e discutir estratégias para minimizar os impactos da seca na região. O DNIT está comprometido em colaborar ativamente para enfrentar os desafios logísticos apresentados pela estiagem.”
O Capitão dos Portos da Marinha no Amazonas, André Carvalhaes, também enfatizou o compromisso da Marinha: “Estamos unindo esforços com outros órgãos e o setor privado para enfrentar essa situação. É fundamental a cooperação mútua para garantir a segurança e eficiência da navegação na região afetada.”
Essa ação conjunta entre órgãos governamentais e o setor privado reflete um esforço coordenado para enfrentar os desafios logísticos decorrentes da seca iminente, demonstrando a importância da colaboração entre diferentes atores na busca por soluções eficazes para os problemas enfrentados pela região amazônica.