Doe Pix
Doações em Pixs, além de seguros, são rápidas em chegar ao destinatário. Brasileiros e estrangeiros estão fazendo campanhas de arrecadação de donativos ao invés de doar dinheiro. O problema é que muitos, com medo de golpes, preferem comprar mercadorias que devido ao volume e a logística está ficando totalmente inviável. A distância é muito grande e o transporte é feito por avião e precariamente por estradas.
(in) Voluntário
“Além de queda, coice”. O velho ditado dos antigos tornou-se tão real como nunca, neste momento de crise para os moradores de Rio Grande do Sul, que além da enchente, e da terra que tremeu esta madrugada em Caxias do Sul, ainda são obrigados a aceitar doações, entre aspas, mais parecendo esmolas. Denúncias de doações de roupas em mau estado têm chegado aos centros de recolhimento em Porto Alegre, entre os quais, calcinhas sujas, roupas rasgadas, calçados sem cadarços e sem solado, além de objetos dispensáveis para a população neste momento, como sapatos de salto alto.
Falta de noção
É tamanha a quantidade de objetos deteriorados que, segundo a voluntária Milla Dellamora, 26, a impressão que dá é que as pessoas queriam descartar objetos, não sabiam como e mandaram para as doações. Um fato nojento que chamou a atenção foi um pacote com quase 20 calcinhas, algumas sujas de menstruação. Ninguém vai querer colocar isso. É humilhante, insalubre. A intenção da pessoa que doou isso realmente foi ajudar?”, questionou ela. Milla atuou em duas unidades de recolhimento na capital do Rio Grande do Sul, durante o final de semana.
Por que não Pix?
A grande realidade é que, mesmo produtos em bom estado de conservação e medicamentos, fraldas, cestas básicas e colchões, por exemplo, são difíceis de chegar até eles. A logística emperra, não só de Manaus, onde a companhia aérea azul não tem condições de enviar todo o material arrecadado, bem como a Marinha do Brasil, que não está conseguindo ter acesso rápido ao local. Com Pixs, as pessoas comprarão o que, realmente, necessitam já que o Exército e a Marinha do Brasil não estão preparados para agir rápido em situações de crise e de pressão.
Navios
Para se ter uma ideia, o maior navio de guerra do mundo só levou 150 toneladas de donativos, ou seja, levou mais marinheiro para não fazer nada, do que produtos. O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, o maior navio de guerra da América Latina, que foi fazer a missão humanitária, ainda não disse à que foi. O comandante do colosso, em um carioquês enviesado, não conseguiu explicar nem convencer ninguém da falta de operacionalidade.
Ninguém Merece
A frase “tempo ruim é que faz bom marinheiro” não se aplica à ao maior navio de guerra da América do Sul, da Marinha, que está há sete dias sem fazer nada;
Ou melhor, só matéria para a Rede Globo e não conseguiu decolar um avião sequer, por causa do mau tempo.
“Qual cisne branco que em noite de chuva…não sai do ninho”, E se fosse em uma guerra? Iríamos responder com desídia ao invés de pólvora?
Diante da situação de calamidade pública enfrentada no Estado, o governo gaúcho reativou o canal de doações para a conta SOS Rio Grande do Sul. Foi restabelecida a chave Pix (CNPJ: 92.958.800/0001-38), a mesma utilizada no ano passado, vinculada à conta bancária aberta pelo Banrisul.
As contribuições em dinheiro podem ser feitas por pessoas físicas e jurídicas que tenham condições de ajudar as vítimas das enchentes. O Site Para Quem Doar também é confiável e pode ser utilizado.
