Vídeo: prima de Djidja detalha “ritual da cura” em morte da avó
A seita formada por familiares e amigos de Djidja Cardoso fez um “ritual da cura” horas antes da morte da avó da ex-sinhazinha do Boi Garantido. Foi o que revelou uma prima da empresária durante entrevista ao Fantástico, exibida no domingo (9/6).
A mulher, que preferiu não se identificar, contou ao Fantástico como a matriarca da família Cardoso morreu após receber anabolizantes e outras drogas.
“Cleusimar [mãe de Djidja] fez o ritual da cura, ela expulsou todo mundo da casa da minha avó. E nesse ritual eles aplicaram uma bomba, e deram maconha para minha avó. Para fazer medicação, para ela meditar. Às 3h da manhã do dia 29 minha avó teve um AVC”, recordou.
A prima da ex-sinhazinha contou como a avó acordou no dia da morte: “Ela chamou minha tia que estava dormindo. E quando ela levantou, ela reclamou de muita dor de cabeça e ela caiu nos braços da minha tia”, disse.
Após a notícia da morte da mãe, uma irmã de Cleusimar enviou uma mensagem pedindo para que ela parasse com os entorpecentes: “Cleuse, que sirva de lição minha irmã, para de usar droga!”, suplicou a mulher.
Poder de cura Vídeo:
A prima de Djidja contou, ainda, que a tia continuou afirmando que traria a mãe de volta: “[Falava] ‘Pai, mãe, vida, cura. É só todo mundo orar que ela vai ressuscitar, que ela vai viver. Vocês não têm fé’. Sendo que ela já estava enterrada”, detalhou.
Depois de perder a avó, familiares de Djidja foram à polícia e fizeram uma denúncia de cárcere privado. Segundo a reportagem, eles queriam tirar a ex-sinhazinha da casa e ajudá-la a se livrar das drogas. Os agentes, porém, foram ao local, mas ela se recusou a sair.
“Foi quando, inclusive, nós criamos um grupo no WhatsApp que se chamava Salvamento da Djidja. A nossa intenção era a polícia e o Samu verem o estado em que ela se encontrava e levassem. Mas, infelizmente, ela disse que não queria ir”, lamentou.
Na mesma reportagem, o delegado Cícero Túlio, responsável pela investigação do caso, revelou que a família de Djidja queria abrir um estabelecimento comercial para facilitar a compra da cetamina, anestésico com o qual ela gastava boa parte da renda do salão de beleza que mantinha em Manaus.
“As conversas mantidas e que foram objetos de análise durante a quebra de sigilo de dados telemáticos apontam que existia um interesse daquele grupo familiar, daquela seita, em realizar a abertura de uma clinica veterinária para facilitar a compra desse tipo de material”, apontou.
Foto: Divulgação
Texto: Metrópoles
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