A grilagem de terras no Amazonas e em Manaus continua em alta, muitas vezes encoberta e, em alguns casos, feita com a colaboração de servidores federais de dentro do próprio Incra.
Um grupo de grileiros de Rondônia, achou em Manaus o local ideal para se apossar de terras em áreas do Tarumã e Shangrilá usando os favores sexuais de um servidor do Incra, que se apaixonou por um deles e “tornava legal” a fraude, mas a casa caiu.
Mandado de Busca
A juíza federal Mara Elisa Andrade, da 7ª Vara Federal do Amazonas, através de Medida Cautelar, expediu Mandado de Busca Pessoal contra André Luiz de Carvalho, em sua residência, empresas ou onde ele se encontrar, inclusive em outro estado.
André é investigado por, supostamente, ter tentado usar de forma fraudulenta para conseguir inserir alguns imóveis rurais no Sistema Nacional de Cadastro Rural – SNCR, do Incra, para, posteriormente, obter a liberação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR).
Tudo por amor?
Para ter sucesso em sua empreitada, André, segundo denúncia constante no processo, envolveu-se amorosamente com o servidor do Incra, Adaílson de Moraes Ayres, que é fiscal de Cadastro e tinha condições e conhecimento de como fazer o processo ilegal para ele obter o documento.
Aceita a denúncia, a juíza autorizou o mandado, para a apreensão de documentos, HDs de computador, celular, mensagens nas nuvens do telefone (na residência ou em qualquer empresa do investigado) que tenham indícios de ilícito e possam servir como prova constante do processo.
O mandado contra André, que é enteado de Élcio Aparecido Moço, tem 60 dias de validade e autoriza, inclusive, a apreensão de valores financeiros, iguais ou superiores, a R$ 10 mil, em reais ou moedas estrangeiras.