O Ministério Público de Contas criticou duramente as ações do governo do Estado contra as queimadas e desmatamento, taxando de ineficiente e “enxugação de gelo” o trabalho que é desenvolvido até o momento, em face do grande montante financeiro que recebeu.
O órgão fiscalizador, que é ligado ao Tribunal de Contas do Amazonas, propôs que a Corte expeça um Alerta de Responsabilidade Fiscal (ARF) ao governador Wilson Lima.
Segundo o procurador Ruy Alencar, autor da petição, as operações Tamoiotatá 4, Aceiro e Céu Limpo, são ineficazes e não estão fazendo nada. Ele se baseia na atual situação de ameaça ao clima. “O que está acontecendo é inconstitucional, pois não é de hoje que os boletins e imagens de satélite demonstram com nitidez a ineficácia dos Programas do PPA em vigor sem a eficácia esperada”, disse ele, referindo-se às operações em curso.
Insuficiência
O Ministério Público de Contas, considera as ações insuficientes para o tamanho do problema. O órgão fiscalizador critica o baixo efetivo de agentes e diz que o problema pede ações à altura.
“A operação Tamoiotatá, por exemplo, não passa de encaminhamento insuficiente, até aqui, paliativos, figurativos e incapazes de enfrentar e debelar minimamente os ilícitos e reduzir os números de queimadas no curto prazo. A realidade é que a Administração Estadual não tem investido a contento nos efetivos e na desconcentração geográfica das forças de comando e controle, de governança territorial e de fomento à economia verde, ao menos em montante proporcional à gravidade da situação”, conclui.