A cidade de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, está chocada após o trágico caso de Kerollyn Souza Ferreira, uma menina de 9 anos encontrada morta na manhã da última sexta-feira (9) dentro de um contêiner de lixo. A descoberta foi feita em um bairro próximo à residência da criança, levantando uma série de questões sobre negligência e maus-tratos.
Kerollyn residia nas proximidades do local onde seu corpo foi encontrado. A Brigada Militar (BM) foi chamada à sua casa após o corpo ser encontrado, onde conversaram com a mãe, Carla Carolina Abreu Souza. Durante a conversa, Carla confirmou que sua filha não havia retornado para casa na noite anterior. O comportamento suspeito da mãe levou os policiais a conduzi-la até a Delegacia de Polícia para prestar depoimento.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que Carla Souza está atualmente em prisão temporária e é considerada suspeita de envolvimento nas circunstâncias que levaram à morte da filha. Segundo o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, a menina vivia em condições de abandono e frequentemente passava a noite em um carro abandonado próximo à sua casa e escola.
A investigação revelou que Kerollyn era vítima de maus-tratos e negligência severa por parte da mãe. Documentos e depoimentos indicam que a menina sofria intenso sofrimento físico e psicológico. O juiz João Carlos Leal Júnior, que está acompanhando o caso, afirmou que as práticas às quais Kerollyn foi submetida configuram crimes de maus-tratos, abandono de incapaz e tortura.
O Conselho Tutelar de Guaíba, por sua vez, confirmou que já acompanhava o caso de Kerollyn, mas ressaltou que não pode fornecer detalhes adicionais após a morte da criança. Em nota divulgada, o colegiado esclareceu que está colaborando com as investigações e que todas as denúncias foram averiguadas. A nota também destacou o compromisso com a transparência e a integridade das investigações, e reiterou o repúdio a qualquer forma de violência.
Nota de Esclarecimento do Conselho Tutelar de Guaíba
O Conselho Tutelar de Guaíba, em respeito à transparência e ao interesse público, informou que está acompanhando e colaborando com as autoridades competentes nas investigações referentes ao caso. No entanto, devido a normas legais e para preservar a integridade das partes envolvidas, não pode fornecer mais detalhes neste momento. Reiteramos que todas as medidas protetivas cabíveis foram aplicadas e que as denúncias feitas pela comunidade foram averiguadas.
O colegiado do Conselho Tutelar de Guaíba expressa veemente repúdio a todas as formas de violência e agressão e se coloca à disposição para esclarecimentos futuros.