Desde que o icônico hotel de selva foi fechado e depredado, poucas pessoas se aventuram a passar pelas imediações. Pescadores que vão até lá saem antes do anoitecer e até os jacarés-açus evitam nadar por lá.
É verdade – garante Alfredo Santos, o Alfredinho, que trabalhou como canoeiro lá, nos tempos áureos.
“Uma noite de lua nova, tava o maior breu e eu estava indo pescar quando vi um clarão ao longe, na direção do hotel. Ouvi vozes, risadas e parece que eu tinha voltado ao passado quando trabalhei lá”, contou ele. Alfredinho diz que ligou o rabeta e foi até lá, para se certificar de que não estava louco. “Quando cheguei na entrada do furo que dá acesso ao hotel, não tinha nada, só o esqueleto da construção na escuridão e uma risada estridente, que saía de algo que saiu voando de lá e passou pela minha nuca fazendo um barulho assim: fuáááááaa!”.
A história de Alfredinho é confirmada por outro ex-funcionário do hotel, que lembrou uma vez em que, brincando, Ritta Bernardino, o dono do hotel, disse que mesmo depois de morto, ele e Jacques Custeau iriam voltar para assombrar o hotel.
“Todo mundo aqui sabe que tem assombração lá e muita gente já viu até à luz do dia. Se você for do Ariaú até o Lago do Ubim e perguntar, todo mundo vai te contar a mesma história”, disse Leonilton Oliveira, que trabalhou lá com escultor, ao repórter da BBC de Londres, que está gravando um documentário sobre as visagens que aparecem por lá.
Um grupo de parapsicólogos de São Thomé das Letras, cidade misteriosa de Minhas Gerais, também chegou em janeiro lá para pesquisar os acontecimentos e foi embora assombrado.
O certo é que nenhum dos pescadores que mora na Vila do Ariaú se aventura a ir até lá. De acordo com Alfredinho, até mesmo turistas que pediram para ir até lá conhecer as ruínas daquele que ficou conhecido como a Oitava Maravilha do Mundo, saíram de lá ‘chutados’, para nunca mais voltarem.
Eles viram vários jacarés-açus saírem em debandada e observaram um pequeno submarino igual ao que Custeau usava em suas pesquisas, saindo das águas, muito brilhante, dar umas piruetas no ar como um boto e sumir do nada em um círculo suspenso da cor do arco-íris, bem na frente deles.
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