Eles estão em toda parte: nas ruas, agitando bandeiras, distribuindo panfletos e colocando cavaletes nos canteiros das principais vias da cidade. A presença dos cabos eleitorais se tornou corriqueira em época de campanha, tentando sensibilizar os menos politizados a votar em determinados políticos ou coligações.
Mais do que o panorama político, a presença dos cabos eleitorais movimenta também a economia dos grandes centros urbanos. Antes trabalho de alguns apaixonados, a militância política tornou-se uma fonte de emprego temporário para muitos, com direito a benefícios, mas sem isonomia. Os cabos eleitorais fazem o mesmo tipo de trabalho, mas são remunerados de forma diferente.
Tiro n’água
Alguns bem que tentaram mostrar propostas, como Amom Mandel, que o calhamaço de páginas e mais páginas foram tantas, que bugou o sistema da Justiça Eleitoral, ou Marcelo Ramos, que nos debates tentou não responder às provocações e focar nas propostas, mas viram que isso não dá camisa para ninguém.
Então o jeito foi fazer o óbvio do óbvio, já que a maior parte da população não assiste os programas eleitorais, e foram para as ruas, que é mais futuro. E se sentem em casa: nem o calorão de Manaus é suficiente para impedir que eles vão às feiras livres, da Compensa ao Zumbi dos Palmares, tomar café da manhã interagir com os cabos eleitorais.
Pouca clareza e muito agito
O jeito é investir na militância: 1 salário mínimo para os pessoal que abana as bandeiras e cerca de R$ 3 mil para coordenares de equipes e cabos eleitorais que coordenam a reuniões em suas casas. Os gastos com militância podem ser encaixados pelos partidos em duas categorias (“despesas”), da prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral: “despesas de pessoal” e “serviços prestados por terceiros”.
A escolha fica a critério dos contadores de cada candidatura, que podem apresentar justificativas diferenciadas para cada caso. Isso dificulta um dimensionamento mais claro de quanto cada partido investe em sua militância, já que não há um padrão que permita uma análise comparativa de gastos. Não importa como vão justificar os gastos: a ordem é contratar e fiscalizar para ninguém ficar de “corpo mole”, no solão de 38 graus de Manaus.
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