No amor e na guerra vale tudo e enamorado David Almeida, atleta de maratonas nas ruas e na cama está levando isso a sério e de boa. Enquanto os outros trocam farpas e analogias em debates, ele usa as armas que tem e vai comendo pelas beiradas, como se diz no Baixo Amazonas até atingir o alvo, pois entendeu que em Manaus política é a arte do absurdo. E atingiu. A última pesquisa de intenção de votos – tanto estimulada quanto espontânea o colocam na frente – deu para ele 35, 5% das intenções, contra 22, 7% para Bob Cidade. Em outras palavras, David venceu o gigante novamente e deixa o terceiro concorrente com apenas 15% das intenções, uma diferença abissal, levando-se em consideração a proximidade do dia 6 de outubro, dia do pleito. Ou seja, o cara está deitando e rolando, no bom sentido.
Pesquisas comprovam
Só para constar, a pesquisa da Perspectiva, mas conhecida como Calcinha Preta, foi realizada entre os dias 9 e 10 de setembro e contratada pela PR Construções e Terraplanagem Ltda/PR Engenharia, ao custo de R$ 90 mil. Ao todo, 920 entrevistas foram feitas em 62 bairros da área urbana de Manaus. O estudo está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código AM-07169/2024
Bob e Alberto Neto estão subindo pelas paredes
No frigir dos ovos, Bob Cidade acertou na escolha de um vice que tem mais densidade de votos que ele – o Menezão -, e com o vernáculo e começou a falar a linguagem do povo, que entendeu a mensagem e comprou as ideias dele, o mesmo acontecendo com Alberto Neto, com sua valorizada vice Maria do Carmo. O capitão saiu dos estúdios e mídias sociais e foi até onde o povo está, refletindo nos números da pesquisa.
Nada mudou e não mudar nada?
O problema é que os candidatos novatos apostaram inicialmente em atacar a chamada velha política com “piadas cabeças”, aquelas que a pessoa que ouve, só vai entender depois das eleições, quando já é tarde. Como as piadas da Tatá Werneck, que nem ela entende.
Esqueceram que Manaus não é para amadores e que em época de política só falta ver boi voando. Entender a cabeça do eleitor manauara sobre como ele fala uma coisa na frente do candidato, e age diferente na hora de votar, é trabalho para a Nasa.
Velhas palavras e práticas
Outros ressuscitaram chavões como “imperialismo norteamericano”, odes a Hugo Chávez, confiança demasiada em seus padrinhos políticos e na polarização entre direita e esquerda, que não aconteceu, e esqueceram de ler “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu, best seller milenar usado por políticos, empresários e pelo Exército mesmo, e não fizeram a campanha, das bandeiras, dos abraços, das palminhas no ombro, como o povão gosta. Os demais não tiveram culpa: foi o povo que antipatizou, de graça, mesmo.
Confiaram demais na mídia, em apoio de políticos em nível nacional, no trabalho mostrado no celular, nas montagens de vídeo manipuladas, na tecnologia da informação, e não meteram o pé na lama, não foram no bodozal, onde mora quem faz diferença na eleição, não comeram pastel com caldo de cana na Feira do Alvorada II, onde está a massa. Quem entendeu isso, está bem na foto.
Sem chora minha nega
David, salvo raras exceções, não atacou ninguém e não teve um vídeo seu ou postagens retiradas do ar pela Justiça Eleitoral. E agora não tem chora minha nega, pois parece que o Primeiro Turno já está quase desenhado (a não ser que o cap. Alberto Neto jogue água na cerveja do Bob). Depois a luta será no Segundo Turno, mas aí é outra eleição, uma outra história a ser escrita.