Não foi surpresa para quem acompanha o trabalho desse tal de Dnit, o que aconteceu na Terra Preta, em Manacapuru. Desde os tempos do Cabo Pereira, vulgo Alfredo Buchada Nascimento, e de Vlad Temer, quando os portos flutuantes eram construídos à toque de caixa – aquelas obras em véspera de eleição, todos tendo a mesma coisa em comum: custaram milhões – que essas obras vão caindo, uma a uma.
Herança nefasta
A triste herança do governo Dilma, de Buchada, e do ex-presidente Vlad, voltou a dar as caras em 2023 e agora, em Manacapuru. Em 2023, em Itacoatiara, no Jauarí, a obra de R$ 66,1 milhões, que foi construída para operações de grandes navios, mas estava sendo usada apenas para embarcações que fazem linha do Baixo Amazonas para Manaus, ruiu. Era o maior porto fluvial do interior do Amazonas.
O porto foi inaugurado no dia 16 de junho de 2018 pelo então ministro dos Transportes, Valter Casemiro e desabou em conseguência da erosão que escavou a cabeceira da ponte que se interliga com a balsa de atracações.
Saltando aos olhos
Não é preciso ser geólogo, ter bola de cristal ou ser a Márcia Sensitiva para saber que os comichões na perereca da Raquel Brito, irmã do ex-BBB Davi, a tirariam de A Fazenda…nem que o porto iría ruir. Se um porto ruiu pela erosão, justamente em época de seca e as “terras caídas” são um fenômeno natural no Amazonas, que sofre a cada ano com uma seca mais severa que a anterior, era só somar dois mais dois.
Toma que o filho é teu
Como na música da Nêga Maluca ninguém quer assumir a criança problemática, ou melhor o porto, que tem nome pomposo de Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte – IP. Wilson Lima disse que o trabalho de prevenção e manutenção é do Dnit, segundado pela Defesa Civil do Estado, que diz que o responsável por algo é quem administra, no caso o Dnit.
O Denit diz que não. Que à ele compete a manutenção do IP4 vizinho ao colega que ruiu, mas que também está em vias de cair. O certo é que era uma tragédia anunciada, houve mortos, uma criança está desaparecida e prejuízos materiais e quem vai pagar?
De bubuia
O fato é que muitos portos já afundaram; em Parintins, Itacoatiara e agora Manacapuru, só para citar alguns, e pela forma como a Federação é administrada, que espera primeiro a doença chegar para correr atrás do remédio, outras tragédias acontecerão.
Isso porque estamos falando só em portos, para não citar as pontes da BR-319, que caíram e até agora não foram reconstruídas. O deputado Resenha só falta ficar rouco, cobrando providências, mas é uma voz solitária na Assembléia.