Antes do surgimento do X-Caboquinho, hoje tombado como patrimônio imaterial de Manaus, o Kikão reinava absoluto e era o sanduíche mais famosos da cidade, fora, é lógico, os “X” Saladas e X Tudo da vida. Manaus, possui diferentes variações, atendendo a todos os gostos e bolsos. Pode ser o kikão de festa, com salsichas cortadas para render; o kikão com o pão chapado, vendido a 4 unidades por 10 reais; ou o kikão mais refinado, dito gourmet, com salsichas artesanais.
O Kikão é uma iguaria de quase 50 anos de idade. E tudo começou assim: em julho de 1974 o casal de gaúchos Alceu Thomaz Pereira e Cândida Dorneles inauguraram, na Praça da Polícia, em frente ao Colégio Amazonense Dom Pedro II, o “carro-bar Kikão”, onde vendiam o lanche que trouxeram do Sul do país.
O colunista social Nogar, do Jornal do Commercio, assim descreveu a inauguração do empreendimento:
“Meu amigo Alceu Thomaz Pereira inaugurou em frente ao Colégio Estadual do Amazonas o luxuoso carro-bar Kikão, que serve refrigerantes super-gelados, sanduíches, empadas e o delicioso Ki-kão, além de outras guloseimas, primando pela higiene e limpeza. Tratamento fidalgo!” (NOGAR, Convivência Social. Jornal do Commercio, 06/07/1974, p. 10).
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Do nome
E o nome Kikão? Qual sua origem? A filha de Alceu, Dr. Marcia Gabrielle Pereira, explica que quando ele abriu o primeiro lanche, na Praça da Polícia, tinha em mente dar um nome que representasse a expressão “que cão”, em referência à salsicha do lanche (semelhante em comprimento ao cachorro da raça dachshund, o popular cachorro salsicha). A expressão Que Cão não seria chamativa. Dessa forma, decidiu escrever Kikão, com dois ‘k’, propositadamente.
Posteriormente, Alceu, em companhia de sua nova esposa, dona Maria Júlia Lucena, mudou-se para o Largo de São Sebastião, na esquina da rua José Clemente com a Costa Azevedo, em frente à escola de inglês Yazigi, aí ficando até o início da década de 1990. Não demorou para que, em pouco tempo, começassem a surgir, em diferentes pontos da cidade, carrinhos e trailers especializados na venda desse lanche, utilizando o nome criado pelo casal de empresários gaúchos.
Deve-se destacar que o “cachorro-quente” já era vendido em Manaus pelo menos desde a década de 1960, mas diferente do norte-americano, era preparado com pão massa grossa e carne moída temperada. A novidade trazida pelo casal gaúcho, além do nome Kikão, foi a salsicha no lugar da carne moída e os outros acompanhamentos, que até hoje se fazem presentes.
Alceu Thomaz Pereira faleceu em 04 de fevereiro de 2021, aos 71 anos. Deixou uma legião de fãs apaixonados por sua deliciosa e marcante criação.
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