O ex-presidente da Câmara Municipal de Manaus, Caio André assumirá o cargo de secretário de Estado da Cultura. Ele foi derrotado na tentativa de se reeleger no ano passado, mas é homem de confiança do governador Wilson Lima, seu correligionário, que bancou sua candidatura à Presidência do Legislativo em 2023, ou seja, não teve apoio popular para continuar em um cargo público, mas é amigo de quem nomeia.
O que esperar?
Formado em Direito, Caio foi ligado ao esporte e usará o que vivenciou na área para tentar fazer um sarapatel de Esportes, com Ciranda e Carnaval, tipo Cultura Frozen. Como a área cultural – leia-se estado – não tem grandes eventos, desde os tempos de Berinho Braga, a entrada de Caio traz uma nova expectativa, que tanto pode cair mais ainda, como pode melhorar, basta ele se acercar de assessores que, realmente, entendam do riscado.
Caio não precisa ser um bedel para a Cultura dar certo, mas como diria Tiririca, “pior num fica”.
Um toucinho com cabelo
Mas o anúncio do nome dele não passou em brancas nuvens, não. De artistas e donos de terreiros de candomblé e de religiões de matrizes africanas, todos foram unânimes em não querer o nome do ex-vereador comandando a Cultura amazonense.
Nas redes sociais, artistas postaram uma imagem de Caio André pendurado em um cabide com a frase: “A cultura não é cabide”.
De influencers a sacerdote
Nesta manhã, um movimento integrado por artistas e pessoas ligadas à cultura, se concentrou nas proximidades do Palácio do Governo em uma forma de protesto contra a nomeação.
“Que o governador Wilson Lima tem o direito de dar emprego para os seus amigos e correligionários, isso ninguém pode negar, a caneta está nas mãos dele. Mas ele não tem direito de reduzir a Secretaria de Estado da Cultura à um cabide de emprego. O governador colocaria um pedreiro, sem experiência contábil ou conhecimento técnico em arrecadação, para administrar a SEFAZ? Evidente que não”, diz um trecho de nota publicada pelo sacerdote e membro da Associação de Movimento Cultural Toy Badé e Sacerdote de religião de Matriz Africana, Alberto Jorge Silva.
Velhos ares
Com a posse de André, termina o período de Marcos Apolo na pasta. O ex-secretário caiu depois do escândalo do comitê do crime de Parintins. Ele estava na reunião em que secretários do Estado combinavam estratégias para favorecer a ex-vereadora Brena Dianná em sua candidatura a prefeita da ilha tupinambarana.
Apesar de exonerado, Apolo mantinha sua influência decisória na SEC. Com Caio André no posto isso não deve mais acontecer, apesar do novo secretário não ter experiência no setor cultural.
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