Desde sábado, diesel terá aumento de preço da Petrobras e do imposto estadual. No caso da gasolina, haverá apenas reajuste do ICMS. A Petrobras anunciou que vai aumentar o preço do diesel para as distribuidoras a partir de hoje. O valor por litro passará a ser de R$ 3,72, em alta de mais de 6%. É o primeiro reajuste da estatal no combustível desde 2023. A data do aumento vai coincidir com o aumento do ICMS cobrado sobre combustíveis — diesel e gasolina.
A partir de hoje, o tributo estadual vai subir, refletindo decisão tomada em outubro pelos secretários de Fazenda dos 26 estados e do Distrito Federal. Já o gás natural seguirá em movimento contrário. O imposto estadual do GLP (gás de botijão) terá redução por quilo, passando de R$ 1,4139 para R$ 1,3900. Trata-se de uma queda de 1,7%, de acordo com os cálculos do consultor de preços Dietmar Schupp.
Imposto anual
O valor do ICMS para o GLP foi decidido juntamente com a alíquota para gasolina e diesel. Desde o fim de 2022, o valor do imposto passou a ser anual e leva em conta os preços médios do ano anterior.
O mesmo movimento de redução ocorre com o gás encanado de cozinha e o utilizado para abastecer veículos nos postos, o gás natural veicular. A queda média é de 1%, segundo a Petrobras, principal fornecedora. Nesse caso, o contrato entre as concessionárias de gás e a Petrobras é trimestral.
Diesel reajustado em mais de 6%
Nos cálculos de Dietmar Schupp, considerando os reajustes da Petrobras e do ICMS, o preço do diesel na bomba pode subir até R$ 0,28 por litro a depender do estado. O valor estimado para o Rio de Janeiro deve passar de R$ 6,13 para R$ 6,41, assim como em São Paulo (de R$ 6,11 para R$ 6,39) e Minas Gerais (de R$ 5,98 para R$ 6,26).
– A estratégia da Petrobras foi acertada, já que haverá alta do ICMS. Então, seu reajuste acaba sendo diluído. Esse aumento no diesel era necessário, mas ainda não cobre a defasagem. Não houve aumento na gasolina, embora fosse preciso – afirmou Schupp.
Aneel descarta aumento na conta de luz em fevereiro
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter em fevereiro a bandeira verde, a menos onerosa, para a cobrança pelo fornecimento de energia elétrica pelo Sistema Interligado Nacional (SIN). Será a terceira vez consecutiva em que a tarifa mensal não sofrerá nenhum acréscimo.
Variação dos custos
A cor da bandeira decidida mês a mês reflete a variação dos custos de geração de energia aferida pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que define a melhor estratégia de geração de energia para atendimento da demanda. Nos meses chuvosos no Brasil, como novembro, dezembro e janeiro, os reservatórios das usinas hidrelétricas alcançam maior volume, o que dispensa geração de energia pelas termoelétricas, mais caras – além de poluentes por causa do uso de combustível fóssil.
O sistema de bandeiras, criado em 2015, funciona como um sinal de trânsito e informa ao consumidor a necessidade de economia de luz em razão da variação do preço para a produção de energia elétrica.
Consumo de gás natural no Amazonas bate recorde anual
A demanda média de consumo de gás natural (GN) no estado, em 2024, foi de 5,4 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) – aumento de 4,89% em comparação com o ano anterior. Este foi o melhor desempenho anual já registrado. Os dados são da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), concessionária dos serviços públicos de distribuição e comercialização de gás natural.
“A Cigás tem atuado fortemente na expansão da rede de gasodutos. E com a ampliação do número de usuários beneficiados com o gás natural, estamos tendo uma crescente expansão do consumo deste combustível, que tem papel importante na transição energética tão essencial para o meio ambiente”, afirma o diretor-presidente da Companhia, Heraldo Câmara.