A madrasta acusada de prostituir as enteadas de 14 e 16 anos, deixou a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) na tarde desta quinta-feira (20) rumo à audiência de custódia. Ao ser confrontada, ela negou os crimes e alegou que sua própria filha foi vítima de estupro cometido pelo irmão de seu marido.
A prisão, feita sob o comando da delegada Juliana Tuma, ocorreu após denúncia de uma familiar das adolescentes, que revelou um esquema de exploração sexual que chocou a capital. Segundo as investigações, a madrasta, que criava as enteadas desde bebês – uma aos 8 meses e a outra com pouco mais de 1 ano –, obrigava as jovens a se prostituir. O resultado foi as duas menores ficando grávidas.
A adolescente de 14 anos está grávida de 12 semanas, enquanto a irmã de 16 anos deu à luz nesta quinta-feira a uma criança, fruto dos programas forçados. Nenhuma das duas sabe quem é o pai dos filhos. A acusada insistiu em sua inocência, dizendo confiar em Deus e acusando o cunhado de estuprar sua filha “desde o Guerreiro Campos” – referência que não foi esclarecida.
A Polícia Civil ainda não confirmou se essa denúncia será investigada.Pai trabalha viajando O pai das adolescentes, que trabalha viajando em balsas, não teria conhecimento dos crimes, segundo a polícia. A denúncia só veio à tona graças à intervenção de uma familiar, que acionou a DEPCA.
A delegada Juliana Tuma destacou a consistência das provas contra a madrasta, apesar de sua negativa. “As investigações mostram um quadro claro de exploração e violência. Estamos confiantes no trabalho realizado”, declarou.