A Operação Valentia mira nos seis dos sete guardas que participaram do espancamento de um homem que estava algemado dentro de um prédio abandonado no centro de Manaus, a ação foi realizada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) e a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), na manhã desta-quinta (1).
O crime ocorreu no dia 12 de abril, mas as imagens chocantes da violência se espalharam amplamente através de aplicativos de mensagens e redes sociais a partir do dia 24 de abril, ganhando também grande repercussão na mídia local e nacional.
De acordo com o promotor de Justiça Armando Gurgel Maia, da 60ª Proceapsp, até o momento da operação, três dos seis mandados de prisão preventiva expedidos foram cumpridos. Além das prisões, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão em diferentes locais, totalizando 14 mandados judiciais, com o objetivo de coletar mais evidências sobre o caso.
O sétimo guarda municipal, identificado como o principal autor das agressões registradas em vídeo, já havia sido preso pela Polícia Civil no sábado anterior, 26 de abril. Ele se apresentou voluntariamente ao 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Em seu depoimento, esse guarda alegou que a vítima havia tentado furtar um motor e que foi detida pela equipe de patrulhamento. No entanto, o homem agredido não foi identificado pelas autoridades e, surpreendentemente, não foi conduzido a nenhuma delegacia após o ocorrido.
A Operação Valentia é uma resposta do MPAM às graves denúncias de tortura praticadas por guardas municipais em Manaus, buscando responsabilizar os envolvidos e esclarecer as circunstâncias desse violento episódio que ganhou grande visibilidade pública.