Hoje, quando se ouve falar em canibalismo é através da imprensa, sempre retratando pessoas que são consideradas malucas ou mesmo adeptas de rituais satânicos, mas houve uma época, há muito tempo, em que essa prática era comum no Brasil, conhecida através de Hans Staden, alemão que sofreu naufrágio na costa brasileira, sobreviveu, e relatou suas aventuras entre os índios devoradores de homens, no Século XVI.
A prática do canibalismo entre as tribos indígenas brasileiras é interpretada por antropólogos e historiadores sobre vários ângulos. Primeiramente, deve-se destacar que o canibalismo tupinambá é caracterizado como “exocanibalismo”, isto é, essa tribo não devorava membros de sua própria comunidade, mas buscava em outras tribos rivais o seu “alimento”.
Geralmente os homens canibalizados eram guerreiros capturados em batalhas. O corpo desses rivais era comido em cerimônias com presença de dança e outros elementos ritualísticos. O canibalismo, na maioria dos casos, possuía algum fundamento mítico que o legitimava, como a necessidade de espantar a violência do grupo, da comunidade, através do sacrifício de membros de fora dela.
Amazônia na panela
Os índios Ianomamis, estabelecidos em Roraima, segundo relatos, também tinham esse costume, porém em forma ritualística. Comiam os corpos cozidos ou assados com banana verde, porém isso em tempos imemoriais.