O litopédion (ou lithopedion) é um dos fenômenos mais raros já descritos na medicina.
Ele acontece quando uma gravidez ectópica (fora do útero) não é diagnosticada, o feto morre dentro da cavidade abdominal e não é expelido pelo organismo.Para se proteger de uma possível infecção, o corpo da mulher “encapsula” esse feto, calcificando-o ao longo dos anos.
É como se o organismo o transformasse em uma espécie de “pedra” para neutralizar o risco.
O que a medicina já registrou
Existem menos de 300 casos de litopédion descritos na literatura médica mundial. Esse feto calcificado pode permanecer no corpo da mulher por décadas, com relatos que variam de cerca de 4 até 60 anos.
Na maior parte dos casos, o diagnóstico é feito por acaso, em exames de imagem ou cirurgias para outros problemas, já que muitas mulheres quase não apresentam sintomas específicos.
É um lembrete impressionante de como o corpo humano tenta se defender – mesmo em situações extremas e raríssimas.











