Localizado no município de Novo Airão, o Igarapé-açu, que abriga a comunidade Nova Esperança, é conhecido pelo acontecimento de casos estranhos, sempre presenciados por muitas pessoas. Dizem que a comunidade é “cemitério de pastor” pois todo religioso que chega lá ou cai em adultério ou muda de religião.
Tudo por causa das aparições que são vistas até à luz do dia. Uma dessas diz respeito a um local perto do, agora abandonado e em ruínas, Hotel de Selva Century, onde a mais conhecida assombração aparece.
Moradores mais antigos dizem ver, ao meio dia, um homem de chapéu Panamá carregando um saco nas costas, parando em um determinado local e jogando o saco no chão. Nonato da Silva, 78 anos, Sêo Natico, morador antigo da região, contou que ao ver aquilo pela primeira vez, pensou que se tratava de um turista que tinha se perdido, mas estranhou o chapéu e as roupas, no estilo dos anos 20.
“Curioso, me aproximei e parei ao lado dele mas não o reconheci. Ele colocou o saco no chão, como se eu não estiver ali e abriu a boca do saco.
Vi que o que ele carregava era um homem morto, pois os olhos dele estavam brancos como um peixe morto quando colocamos limão nos olhos dele”.
Segundo Natico, o que carregava olhou através dele, como se não o visse nem escutasse o que ele falava. Ainda sem entender, Sêo Natico tocou no ombro do homem, mas para sua surpresa, sua mão atravessou o vazio, como se não existisse nada daquilo.
“Foi aí que me arrepiei todo e senti meu corpo tocado por calafrios de febre. Entendi que era uma visagem e foi a última coisa que me lembro”.
Natico foi encontrado por seus filhos no outro dia quase desmaiado, que desconfiaram da demora e foram atrás dele, pensando que tinha sido pego por alguma pintada. Depois disso outras pessoas viram a mesma cena, tornando o local mal assombrado e fazendo ser evitado por caçadores e madeireiros até os dias de hoje.
Os moradores acreditam que alguém foi assassinado ali há muitos anos e foi carregado pelo assassino, e seu ectoplasma tenta mostrar o local onde seu corpo foi enterrado, só que ninguém tem coragem de cavar, nem as autoridades acreditam nas histórias contadas.
Foto: Divulgação