* Até o Cabrini, que esteve em Manaus e foi entrevistar a velha, saiu da Colônia Antônio Aleixo chutado
A primeira parte eu relatei como Dona Aleluia, uma velha centenária que morava nas matas da Fábrica de Cimento, atrás da rua Manoel Matias, na Colônia Antônio Aleixo e vivia de fazer garrafadas e ebós para acabar casamento, um dia desapareceu depois que luzes misteriosas apareceram em cima de sua casa e ela sumiu, aparecendo depois de anos, na seca do rio Negro do ano passado, com o rosto gravado nas pedras, junto com outras figuras rupestres, na Ponta das Lajes.
O problema é que na seca deste ano de 2024, um dia a viram de noite vagando perto da antiga casa e os moradores foram ver se o rosto dela ainda estava nas pedras, mas havia sumido.
Sêo Chico Barrão, que trabalha como vigia no Porto do Janjão e era muito amigo dela, foi lá verificar e a viu, em pele e osso, vivinha da Silva. “Ela disse que foi levada para um mundo encantado, localizado debaixo do leito do rio Negro. Segundo ela, lá embaixo a terra é oca e existe outro rio que corre ao contrário do rio Negro. Ela disse que lá moram seres fantásticos e os dragões falam e muita gente daqui de cima foi levado para lá”, contou Sêo Chico.
Sêo Chico disse, ainda, que ela voltou para avisar as pessoas que essa é a última era da terra, que tudo vai queimar e alguns escaparão, pois serão levados pelos seres brilhantes que ela chama Twatha de Dannan, seres que vieram das estrelas e chegaram na terra muito antes do homem ser criado, e conviviam com reptilianos, até que uma batalha com outros habitantes das estrelas, os Elohins, os expulsaram para o fundo da terra e foram esse seres que criaram o primeiro casal humano. Eles moram dentro da terra oca.
Lógico que ninguém acreditou nela, pois todos a tem como bruxa, até pela aparência dela, que é cadavérica e assombra as crianças. Como o Cabrini estava em Manaus entrevistando os parentes da Sinhazinha Djidja, ele ouviu a história e foi lá na Colônia, mas já era quase noite e a equipe dele começou a passar mal e ele começou a ver e ouvir coisas e resolveu ir embora.
A velha está lá para quem não acreditar. É só ir lá na Rua Manoel Matias, antes de chegar nas cacimbas é só dobrar para a esquerda e entrar na mata, que chega no casebre dela, que estranhamente foi restaurado, não se sabe por quem, depois do incêndio.
Nota: Durante o dia ela some e só aparece à noite. Tem uns morcegos que a acompanham, mas ela disse que são inofensivos. Ela disse que, quando o rio encher de novo, ela volta para a cidade do Encantado.