O cenário é triste para abril. Desabamentos e mortes em Manaus por causa das cheias do rio Negro e das chuvas deste período não são mais novidade para ninguém, ou seja, é uma tragédia anunciada, que é do conhecimento de cada morador de Manaus e de toda autoridade constituída, portanto, chorar depois do leite derramado não funciona mais, nem notas de repúdio e lamentação por parte na nossa vereança, em prol da morte da líder comunitária na Comunidade Fazendinha, não colam mais.
Nunca é demais lembrar que a maioria das lideranças comunitárias dos bairros periféricos da cidade funciona como cabos eleitorais destes mesmos vereadores, que só lembram do povo em época de eleição, ou em tragédias, como agora.
O Instituto de Meteorologia está avisando que vem muita chuva por aí. E ainda nem começou abril. E já estamos vendo o estrago que está sendo feito em março.Áreas de riscoEm dois anos, o número de áreas consideradas de alto risco cresceu 938% em Manaus.
Os dados são baseados em declarações do prefeito David Almeida (Avante) quando questionado sobre o mapeamento dessas áreas pela prefeitura.Considerando todos os graus de risco, o número de áreas também aumentou, passando de mil, em 2023, para 1.650, em 2025, conforme declarações de Almeida.
Na quinta-feira, após desmoronamento de casas que matou uma pessoa, o prefeito afirmou que a capital tem 644 áreas de alto risco, sujeitas a desastres como deslizamentos e alagamentos.
Vale o que foi falado
Em março de 2023, após um desastre semelhante no bairro Jorge Teixeira, David Almeida disse que a capital tinha 62 áreas consideradas de alto risco. À época, ele culpou a falta de políticas públicas habitacionais nas últimas quatro décadas e anunciou uma série de medidas, como a implementação de alertas telefônicos preventivos a partir de junho.
Segundo a Defesa Civil, choveu mais do que o esperado para o mês de março…e abril anda nem começou.