Enquanto os meninos brincam de amizade descontraída e fingem que cumprem promessas de sempre, as meninas fazem de conta que jogam amarelinha — só pra distrair a camarilha. No meio do recreio, Jair Bolsonaro apresenta sua “professora” e ensaia apoio… se conseguir escapar da tornozeleira, que besteira!!! Já o Boto, que viveu no rumo certo, aparece com pretensos seguidores interessados na memória do Amazonas. A velha guarda pulou e jurou que o rumo certo é coisa só do Gilberto, que dona Maria chegue mais perto.

Política ou recreio eleitoral?
Está dada a largada — ou melhor, o sinal para o recreio eleitoral. A política do Amazonas voltou a parecer uma grande quadra de escola, onde ninguém quer estudar de verdade, mas todos decoram a lição de casa com frases prontas. Os meninos, com sorrisos improvisados e abraços performáticos, brincam de amizade estratégica, só para posar bem nas fotos.
As meninas, com discursos domesticados, simulam a amarelinha das boas intenções, sempre evitando pisar na linha da coerência com cara de garoto obrado de tanta inocência. Mas a real é outra: ninguém quer agachar pra pegar o sabonete da responsabilidade ou do risco da obscenidade. Porque a regra é clara: quem se abaixa demais, acaba descoberto.

A caverna de Platão virou playground
No teatro das aparências, os candidatos parecem ter feito um pacto: acreditar que Platão estava errado e que viver na sombra é suficiente. Na política local, a luz assusta. A verdade incomoda. E a encenação virou método.
Eles dizem:
“Desencana, porque a aparência engana.”
Nós respondemos:
“Engana sim, mas não convence mais ninguém.”

Maria do Carmo e o apoio que depende da Direita unidade e livre da Justiça
No meio da praça, surge a “nova aposta” do bolsonarismo no Amazonas: a professora Maria do Carmo. Apresentada como “educadora, mãe, corajosa”, ela encarna o arquétipo perfeito para humanizar o discurso de quem valorizou a educação e em apoio da ciência(?), sem o Mimi de Marina, a empresária e reitora pode mudar os rumos e a prosa da campanha. Um pouco da santa paciência prá tudo se ajeitar com o Wilson e o Alberto Neto.
Bolsonaro, por sua vez, surge como padrinho de ocasião. Mas com uma nota de rodapé não escrita: o apoio só vale se ele conseguir escapar da argola.
É a equação da política condicional: apoio político = narrativa + ficha (quase) limpa + memória curta do eleitorado. Sim, mas quem tem voto testado no Amazonas *mais de 700k contra o Omar para o senado) é o coronel Menezes, o Menezão, dona Maria.

E qual é a bola que não se deve deixar cair
Em contraste absoluto, brilha a lembrança do Negão. Não como salvador da pátria, mas como uma das raríssimas figuras da política amazonense que entendeu a diferença entre popularidade e seriedade, e que sabia dar rasteira de verdade com bondade.
Homem de palavra firme, projetos reais e uma noção de Estado que hoje parece ficção.
No atual jogo de pega-pega de narrativas, Negão ainda é a bola que não se pode deixar cair. Tô nem aí…

Atenção, atenção, meninos brincadeira tem hora
A política local segue tratada como se fosse recreação do Colégio Estadual que virou casa assombrada e sessão de fumacê…
Mas o povo que enfrenta fila no hospital, rombo no contracheque e filho fora da escola não aguenta mais.
Chega de teatro.
Chega de atores mirins.
Chega de sabonete no chão como distração.
O Amazonas exige maturidade, responsabilidade e projeto — não mais encenação de amizade e fake amarelinha.
Porque quem brinca demais com o futuro, um dia tropeça no presente e na hora da urna biônica não sabe porque está ausente.