Oi, leitores do Maskate, sou a Geisa Lopes, moro no bairro de Nova Esperança, perto da feira do Lírio do Vale e resolvi contar um fato que aconteceu comigo, depois de ler vários relatos neste site.
Nunca fui ligada em fatos sobrenaturais, era meio descrente dessas coisas. Acredito na ciência, em fatos concretos, porém, a partir deste fato ocorrido em minha vida, mudei completamente minha opinião quanto a isso…
Eu , meu marido , minhas filhas gêmeas de 5 anos na época e nosso cachorrinho Spike, morávamos aqui perto, no Alvorada III, na época, perto do Campo do Buracão, e na época do ocorrido, em 2004, eu estava de férias no trabalho e meu marido trabalhando normalmente.
Acordamos pela manhã, fiz o café dele, conversamos um pouco e ele foi trabalhar. Como sempre, saiu correndo a fim de não perder o busão das 07:30h. Voltei para a cama pois ainda era cedo e o tempo estava nublado, com um friozinho bom para cochilar um pouco mais.
A manhã passou tranquila; realizei minhas atividades, dei almoço para as meninas, arrumei o lanche delas e as deixei no colégio. Quando cheguei em casa, notei que Spike latia muito agitado, assim como os cachorros da vizinhança. Vi o portão aberto e me assustei.
Nunca deixávamos o portão aberto.
Quando entrei, me assustei mais ainda , pois meu marido estava em casa.
Estava sentado à mesa da cozinha com uma postura ereta. Diferente. Estranhei pois ele nunca vinha para casa àquela hora. O horário de chegada dele era lá paras as 19:00h.
Dei-lhe um beijo e o achei frio, distraído. Disse
que veio almoçar. Perguntou pelas crianças e eu respondi: “Como assim? Estão no colégio ué!”
E Spike latindo no quintal como um doido, acompanhado pelos outros cachorros dos vizinhos.
Não entrava em casa por nada , choramingava e rosnava no quintal. Meu marido reclamou , dizendo rispidamente: “Que bichos infernais! Cala boca cachorro!”
Estranhei aquilo, meu marido adorava aquele cachorro, mimava-o muito. Nunca o tinha ouvido falar com ele daquela forma. Achei melhor não comentar nada para não causar um clima.
Poderia estar nervoso com algo do trabalho, enfim…almoçamos. Quer dizer, eu almocei , pois meu marido não tocou na comida. Ficava mexendo o arroz e o feijão com o garfo, pra lá e pra cá…
Perguntei se estava tudo bem , ele respondeu que sim e que já iria embora.
E sempre com aquele olhar distraído, vago…
Ele se levantou e dirigiu-se a porta sem sequer se despedir de mim. O chamei ainda sentada à mesa e perguntei o que estaria acontecendo e ele respondeu que não era nada, que só estava com pressa. Spike ao vê-lo na soleira da porta, saiu correndo em disparada ganindo e se escondeu debaixo de um banco no quintal.
Fiquei com aquilo na cabeça e muito preocupada com aquele comportamento do meu marido. Aquele não parecia ser ele. Parecia outra pessoa. Meu celular tocou, era Otávio, um dos colegas de trabalho mais queridos do meu marido perguntando por ele. E respondi que havia me feito uma surpresa, que tinha vindo almoçar em casa e que acabara de sair para voltar ao trabalho.
E Otávio respondeu: “Mas como? Ele apareceu aqui pela manhã, muito esquisito. Não falou com ninguém. Mal me cumprimentou. Depois sumiu…Nem assinou o ponto! Inclusive o patrão foi que me pediu para ligar, pois está precisando muito dele aqui, está louco da vida com ele!”
Larguei tudo pois decidida a ir atrás dele. Meu coração doeu, fiquei com um pressentimento terrível. O telefone convencional tocou, atendi e a moça do outro lado da linha disse que falava da emergência do 28 de Agosto e pediu o comparecimento de um familiar do paciente “fulano de tal “(que se tratava do meu marido) e que encontrava-se lá internado lá.
Questionei aos prantos o que tinha havido com ele, mas a moça respondeu que só os médicos poderiam passar o quadro dele. Nem sei como consegui chegar ao 28 de Agosto, só sei que recebi a notícia que meu marido havia sido atropelado e que estava no centro cirúrgico e após, iria para o CTI fazer o pós-operatório, mas que seu quadro era estável dentro da gravidade do acidente.
Sofreu algumas fraturas, uma lesão no fígado, mas estava estável. O atropelamento havia sido pela manhã no Centro da Cidade encaminhar-se ao trabalho. Tive acesso ao boletim médico com os horários do atendimento do Samu e da entrada e internação no hospital. Como? Se meu marido estava em casa e inteiro comigo na hora do almoço? Quem era aquele homem que esteve na minha casa no corpo do meu marido?
Ele, graças a Deus recuperou-se e voltou a vida normal depois de uns meses. Muita gente não acreditou e não acredita em meu relato, mas realmente aconteceu.
Por isso , nunca mais duvidei de nada nessa vida e passei a me interessar por assuntos sobrenaturais…