Faz tempo que nosso periódico vem alertando sobre a necessidade de retomada pra valer da exploração do petróleo na Amazônia, cobrando a aceleração do gasoduto Urucu-Manaus e Urucu-Porto Velho e agora a exploração na foz do rio Amazonas a despeito das dificuldades oferecidas pelas próprias autoridades federais, incluindo o Ibama, IPAAM e outras presepadas burocráticas.
Maduro pode
As reservas são finitas e a Venezuela está anos à frente na exploração e comercialização do ouro negro no Atlântico caribenho. Há tempos, também, temos dito da viabilidade e oportunidade de entregar ao Exército Brasileiro mais essa missão na Amazônia. Afinal, a especialidade em guerra na selva tem utilização civil em profusão. E os militares estão aí para demonstrar.
Tomaram nossa refinaria
A crise com o governo populista da Bolívia (que tomou a refinaria da Petrobras), e a aproximação burra com o factoide Maduro da Venezuela, talvez não serviram para acordar a sonolência diplomática do governo Lula, mas servirá para dar razão para aqueles que defendem o aproveitamento racional dos recursos naturais, energéticos e minerais da floresta amazônica.
Apanhados de surpresa?
O governo brasileiro não “levou susto” nem foi “apanhado de surpresa” pelo governo boliviano, que anos atrás mandou ao Brasil um representante com a clara mensagem confirmadora da nacionalização da refinaria da Petrobras e de sua proximidade, omitidos apenas o dia então previsto e o novo imposto sobre o gás, assegurada, porém, a continuidade do fornecimento.
Na verdade
A busca de novas opções alternativas de energéticas é uma imposição que salta aos olhos de qualquer planejamento ou administração. Em qualquer país do mundo. Apesar disso, a nação se depara com pseudos ambientalistas que impedem a suas prospecções e explorações na foz do Amazonas. Ou seja, se nada é feito, nada acontecerá.
Descaso crônico
Isso apenas confirma que o descaso federal com a Amazônia continua crônico, a despeito de algumas medidas favoráveis ao nosso Estado. Na verdade, foram medidas que, apenas, aceleraram processos que já estavam em andamento, como a Zona Franca e a construção do gasoduto. Não deixam de ser extremamente importantes, mas não foram medidas de fôlego e originadas na vontade política exclusiva deste governo.
Chama o Exército
Esse descaso se ilustra com cores fortes e chamativas quando o assunto é Forças Armadas, cuja presença civilizatória e de integração tem garantido, a duras penas, a posse e a soberania do Brasil sobre dois terços de seu território: a Amazônia.
Ninguém Merece!!!!
E ninguém pode dizer que projetos como o SIVAM e o SIPAM sejam medidas que traduzem a importância dos militares da Amazônia ou da própria Amazônia.
Na verdade, os custos astronômicos desses programas, mais de US% 1,4 bilhão de dólares, resultaram de acertos escusos chancelados pelo governo FHC com os americanos.
Quem mantém por conta desse acerto obscuro o controle da informação sobre o espaço e o banco genético e mineral da floresta.
Os militares da Aeronáutica entraram nessa festa como Pôncio Pilatos entrou no Credo da Igreja Católica.