A briga é mais feia do que se imagina e tá igual filho de mulher bonita, todo mundo quer assumir a paternidade. A BR-319, vetusta e sem atrativos, num piscar de olhos se tornou a desejada de todos; e virou um tal de “é a minha cara; tem o meu DNA etc e tal…”
Tem jacamim no ninho

Wilson Lima advoga para si a paternidade do asfalto que virá, principalmente das áreas do Trecho do Meio, onde passam, diariamente, caravanas de carros, a maioria fica atolada e, pasmem! Já estão até promovendo campeonato de raly, tipo Paris-Dakar, nesse Paris “Dá-Cá”, pois dali sairão ‘enes’ votos.
Agora, tem que fazer a diferenciação entre dois pássaros: jacamim e cuco.
No mundo das aves

O cuco costuma se apossar do ninho de outros pássaros, joga fora os ovos e se apossa da casa. É o caso da Má-drasta Marina Morena, que não se pintou (para a guerra), mas guerreia nos bastidores. E quer expulsar quem, realmente, pariu, por assim dizer, a BR.
O jacamim tem a capacidade de criar filhos dos outros como se fosse dele, e diz que é dele. No caso em questão, Wilson assumiu a paternidade da estrada.
Toma que o filho é teu

Nessa briga de vara de família, se destacam dois quem nem estão brigando, um para ser padrinho e outro para ser reconhecido como o genitor legal.
Omar Aziz vociferou e apontou o dedo para a Má-drasta em defesa da estrada, e fez questão de mostrar que padrinho é um segundo pai, inclusive fazendo pressão até junto a Lula, pois moral para isso ele tem: Lula deve a Omar muitos votos advindos pós CPI da Covid.
O pai, nesse caso, ficou para Duda Braga que, no frigir dos ovos e no apagar das luzes do acordo entre ministérios para o asfaltamento da BR-319, conseguiu aprovar – por unanimidade – um dispositivo na PEC do Licenciamento Ambiental, que desobriga a autorização ou estudos longos e demorados, para beneficiar logradouros públicos que já existam. Em bom português: estradas que já existem podem ser asfaltadas nem precisar de nhém-nhém-nhém nenhum.
Tem mais gente

Plínio Valério olhou de longe a questão e foi cirúrgico. Ele acha que o acordo entre ministérios é só encheção de linguiça e que os estudos de Marina, mesmo simples, durarão até a volta de Cristo. Plínio, cabreiro com a mulherada do “Mexeu com uma, Mexeu com Todas”, não quer parentesco nenhum, mas como bom vizinho, quer ser convidado para o “mijo” da criança, após o batizado.
Que falta faz um Negro
Essa novela da BR, que já está virando minissérie mexicana, lembra um episódio ocorrido com a BR-174, quando o Ibama ficou dificultando tudo, como agora, e Amazonino meteu a cara e asfaltou e acabou-se a discussão.
Tudo mise-en-scène, como dizia o Negão, que sabia tudo e mais um pouco desses conchavos, numa época em que chamar alguém de Negão não era crime de racismo.