Na noite desta terça-feira (20), o candidato a vereador de Manaus, Jorge Azize, participou do programa “Bam Bam Bans da Amazônia”, apresentado por Iomar Japonês, onde discutiu sua visão sobre a cidade e, em especial, o atual estado do Centro de Manaus. Em uma conversa descontraída, Azize expressou preocupações profundas sobre o abandono da região central da capital amazonense, refletindo sobre a degradação do espaço e o impacto na vida dos moradores e comerciantes.
Azize iniciou sua fala relembrando a história de sua família, mencionando seu avô, que chegou a Manaus em 1900 e se dedicou à navegação fluvial, promovendo a integração entre o interior e a capital. “Meu avô percebeu uma grande lacuna na cidade, que era a necessidade de trazer o interiorano para Manaus, para comprar medicamentos, roupas, calçados. Ele fez essa ponte, com uma lancha a vapor”, contou Azize.
Contudo, ao comparar o passado com o presente, o candidato lamentou a situação atual do Centro de Manaus. Ele destacou que, apesar do potencial histórico e econômico da área, a insegurança e o abandono tomaram conta do local. “Nasci onde é a Manaus Moderna, em 1949, e o que aconteceu? Nossa cidade deixou de ter um cartão de visita, porque o poder público administrativo municipal deixou ali virar um pandemônio”, afirmou Azize. Ele apontou a presença de moradores de rua na Praça dos Remédios e a falta de saneamento básico como problemas graves, além da atuação de dependentes químicos que, segundo ele, ameaçam a segurança dos frequentadores da região.
Azize também trouxe à tona a desmotivação dos comerciantes, que, segundo ele, sofrem com a falta de segurança pública. Ele criticou a administração municipal por não garantir a presença constante de guardas municipais armados no local. “Os comerciantes ficam dependentes da segurança municipal. Nós temos guardas municipais fardados e com armas, e eles podem manter um esquadrão ali perto, permanente. Eu chamo a atenção do atual prefeito – por favor, é dali que sai o IPTU, o ICMS, o Alvará de Funcionamento e todos os tributos municipais”, ressaltou.