Já estava escrito nas estrelas e será constante nos retal-blogs da cidade. Os portais e influenciadores contratados pelos candidatos, a peso de prato self-service, são sombrios e preocupantes. Não ficará prato sobre prato. E vai ser preciso tomar muita Paciflora na cuia pra amenizar a calma. A campanha de 2024 será a mais imoral e do maior baixo nível de que se tem notícia na estória eleitoreira desta cidade da futrica e do maldizer. Enquanto Manaus queima num verão inclemente e é tomada pela fumaça no céu e a violência na terra, os candidatos que participaram dos últimos debates não apresentaram nada que se aproveite. No debate realizado pela TV Norte, faltaram propostas e sobraram agressões e ataques. Até Amom perdeu as estribeiras e partiu para a agressão verbal. O enamorado David, novamente se omitiu já que tinha coisas muito mais importante a tratar, como o escândalo nacional de sua distribuição pecuniária entre seu clã e de sua noiva. Todos saíram derrotados.
Falta de respeito com o presidente da ALE
Alberto Neto começou chamando Bob Cidade de “marionete do governador”, dando mostras do que a população pode esperar para os próximos trinta dias. O que é pior foi que o mediador olhou para o candidato Bob Cidade e tascou: “É com o senhor!”. Seria cômico se o próprio Bob com cara de esponja não se levantasse com a carapuça na cabeça. Alberto foi impiedoso como um PM da Rocam em exercício ao perguntar se o adversário aumentaria o IPTU como ocorreu com o IPVA. Cidade é presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas e em dezembro de 2022, os deputados aprovaram projeto de lei que aumentou o imposto no estado.
Sangue, hematomas e pernadas, o cachorro amarrado e o pau cantando e ardendo no lombo da estupefação geral, até o fiofó fazer bico. Anote aí e saia de perto. Quem sobreviver verá uma cena de caos e vítimas de uma carnificina política que nunca se imaginou. Um horror!
Mr. Hyde
Cansado de passar a imagem de Dr. Jekyll, Amom chutou o pau da barraca, encarnou Mr. Hyde e partiu para o ataque. Chamou Marcelo Ramos de mentiroso quando falava sobre as obras do governo Lula em Manaus. Ao rebater, Marcelo disse que o adversário estava “agressivo”. O candidato do PT também afirmou que Cidade e Alberto protagonizaram baixaria. As ofensas também alcançaram o ausente prefeito de Manaus. Alberto Neto disse que o “prefeito foge do debate como o bandido foge da polícia”. No segundo bloco, Amom levou uma laranja e disse que daria para Wilker.
Laranja da terra
Amom insinuou que a candidatura de Wilker era de fachada para ajudar Roberto Cidade. Wilker disse que Amom foi tão omisso quanto Roberto e Alberto na fiscalização da saúde da cidade. Em um dos poucos momentos de discussão com propostas, Marcelo Ramos prometeu voltar com o atendimento domiciliar de idosos. Wilker disse que, se for eleito, irá criar um programa de farmácia móvel, que vai levar remédios a idosos cadastrados no sistema da prefeitura.
Sem autoridade, mas com Migué
Ramos associou Cidade ao governador e disse que o adversário não tinha autoridade para cobrar. “Entendo tua boa intenção, mas falta autoridade para isso”, afirmou Ramos a Bob. No terceiro bloco, o embate foi entre Amom e Cidade. Bob chamou Amom de “migué da política amazonense”, no que foi rebatido por Amom, que afirmou que a capital amazonense “precisa de pessoas que falem a verdade”.
Educação e melancia
Também em um dos poucos momentos de apresentação de propostas, Wilker prometeu criar um fundo municipal de educação que seria alimentado com 10% da arrecadação de impostos do município. O dinheiro, segundo ele, seria para manutenção de expansão da educação infantil. Em quatro anos, os repasses poderiam chegar a R$ 1 bilhão. Para fechar com chave de ouro o debate, Alberto Neto chamou Amom de “garoto mimado” no último bloco de perguntas e respostas. Amom rebateu chamando-o de melancia.