Ainda indignado com a concorrência leal que o levou ao nocaute em todos os pleitos eleitorais, o ex-deputado federal Pauderney Avelino – que só aprendeu a fazer campanha em cima da burra governamental – escorregou na maionese moral diante da possibilidade de vir assumir a Suframa mais uma vez, onde o humilde e leal Bosco Saraiva, por indicação do Omar Aziz, reina.
Ontem (17), por ordem judicial, ele teve que largar o Pau (derney) no comando da União Brasil e de quebra, na titulação de secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência Tecnologia e Inovação onde deveria fazer seu trabalho (sabe-se lá a custa de quanta malandragem) quando assumiu para não deixar o partido cair nas mãos de outro grupo. Apesar de conhecer os meandros da ZFM e os marotos da Justiça eleitoral e as formas de burlar sua aplicação – lições que ensina com sucesso para quem lhe dá um cargo, Pauderney sabe que daqui pra frente alguma coisa pode ser diferente e quem sabe não dá para fazer oposição ao governo ou passar a servir a outro senhorio. “Se o prefeito me quiser na equipe, estou com ele e não abro. Ou melhor, só abro pra ele”, teria dito antes de deixar a sede da secretaria ontem à noite.
“União Brasil para quem é leal”
Foi mais ou menos essa expectativa e intenção quando – recordamos ouvindo as sábias admoestações da milenar sabedoria de Dr. Sérgio Litaiff, defensor do Maskate, onde trabalhou como diretor – que se apercebeu que Pauderney abusou do direito de burlar a confiança depositada e extrapolou nas decisões e arrogância com a bancada do UB. Por isso os deputados se mobilizaram e “fecharam a conta e passaram a régua”. A sigla “União Brasil”, saiu judicialmente das mãos do ex-deputado federal Pauderney Avelino para o Dr. Sérgio Litaiff, homem de total confiança do governador. Lealdade não tem preço, tem valor!
Falsidade ideológica
Antes e depois de cada eleição a figura emblemática de Pauderney Avelino sempre aparece como despacho em cima dos resíduos urbanos das gestões federais, governamentais e municipais. Na gestão Bolsonaro ele chegou até a despachar, demitir e contratar pessoas se achando o superintendente de fato. Buzinou no ouvido do governador, tentou dar ordens ao prefeito Artur Neto e nos seus excessos de presepada viu o coronel Menezes ir a Brasília tomar posse com aquele que o tem como seu pupilo. Quem mandou aprontou tanta mancada?
Zombando da sorte
Dizem que um senador conterrâneo seu de Eirunepé, numa conversa ao pé do ouvido com o chegado Avelino, lembrou que a hora era de resgatar seu prestígio moral e eleitoral, a mesma que ele acusara de corrupta no início da campanha eleitoral e depois foi obrigado e se contradizer aceitando ou impondo o cargo de secretário de governo. Mas, não foi isso que aconteceu. O cara queria por que queria ser nomeado superintendente da Suframa a qualquer preço e custo, inclusive com ameaças veladas. “Esse infeliz está zombando impunemente da sorte”.