A polícia continua investigando o sequestro do jovem Kaik Renner Marques Fernandes, que foi sequestrado ano passado e não foi mais visto. No desdobramento das investigações, um casal foi preso na terça-feira (18) por envolvimento no assassinato do jovem.
Os suspeitos foram identificados como Fabiana Souza dos Santos, de 29 anos, e Miqueias Manrick Alves da Silva, de 25 anos, conhecido como “Pulga”. Segundo a polícia, o crime foi motivado por uma suposta rivalidade entre facções, mas a vítima não tinha qualquer ligação com grupos criminosos.
Morreu inocente
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Kaik Renner foi sequestrado no dia 3 de dezembro de 2024, enquanto trabalhava na casa do tio. Ele foi levado para uma área da comunidade Valparaíso, onde foi torturado, morto a facadas e teve o corpo jogado em uma área de mata da Reserva Adolpho Ducke. Seus ossos foram encontrados apenas nessa terça-feira (18), após a prisão dos envolvidos.
Dona da porra toda
De acordo com as investigações, Fabiana, que é apontada como líder comunitária e integrante de uma organização criminosa, teria dado a ordem para matar o jovem. “Ela mandou que os executores abordassem a vítima simplesmente porque ele era de outra comunidade. Ao mexerem no celular dele, encontraram um sinal que foi interpretado como um gesto de facção criminosa. É importante ressaltar que não há informações de que a vítima pertencesse a qualquer facção”, explicou o delegado Guilherme Torres em coletiva à imprensa.
Fabiana e Miqueias
Miqueias, conhecido como “Pulga”, atuou como “olheiro” e informou sobre a presença do jovem na comunidade. Já os autores diretos do assassinato seriam Jhon Erick Menezes de Araújo, vulgo “Macaquinho”, e Vitor Isaías Soares Damasceno. A polícia ainda busca capturar esses dois suspeitos.
“Fizeram vários questionamentos à vítima, manusearam seu celular, viram o suposto sinal da facção e o condenaram à morte”, relatou a delegada Marília Campello, que coordenou as investigações.As equipes da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) enfrentaram desafios durante as investigações, já que o corpo foi abandonado em uma área extensa e de difícil acesso. “Tivemos muitas dificuldades por ser uma área muito grande. Já tínhamos ido ao local sem sucesso, e com a prisão dos envolvidos, eles nos levaram até o local exato do corpo”, explicou a delegada.