Na tarde desta quarta-feira (7), por volta das 16h (horário de Brasília), a fumaça preta que saiu da chaminé da Capela Sistina indicou que os cardeais ainda não chegaram a um acordo sobre quem será o novo Papa. A votação faz parte do conclave que escolherá o sucessor do Papa Francisco.
A partir de quinta-feira (8), o processo entra em ritmo regular, com quatro votações diárias — duas pela manhã e duas à tarde. No entanto, a fumaça (preta ou branca) que sinaliza o resultado do escrutínio só aparece uma vez por turno, podendo ser vista por volta das 5h30 ou 7h e das 12h30 ou 14h (horário de Brasília). Caso não haja definição após três dias consecutivos de votação, o conclave é pausado por um dia de oração.
Durante o processo, os 133 cardeais eleitores preenchem manualmente suas cédulas com a frase em latim “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”) e escrevem o nome de seu escolhido, de preferência com uma caligrafia pouco reconhecível. Não é permitido votar em si mesmo. Cada cardeal caminha até o altar, levanta sua cédula à vista de todos e faz um juramento antes de depositá-la na urna, afirmando que vota com consciência diante de Deus.
Enquanto isso, o mundo acompanha com expectativa. Plataformas de previsão como o Polymarket apontam o italiano Pietro Parolin como o principal favorito à sucessão, com 30% de chances, seguido por Luis Antonio Tagle (Filipinas), Matteo Zuppi, Pierbattista Pizzaballa (ambos da Itália) e o ganês Peter Turkson.
Para referência, os conclaves que elegeram Bento XVI e Francisco duraram dois dias. Especialistas estimam que a escolha atual pode levar até cinco dias, embora a maioria espere uma decisão em, no máximo, três.
Saiba mais: Dom Leonardo, de Manaus, pode ser Papa