A juíza Roseane do Vale Cavalcante Jacinto, da Comarca de Manaus, decidiu manter a custódia cautelar de todos os acusados no inquérito que investiga o chamado Caso Djidja Cardoso, incluindo Cleusimar e Ademar Cardoso Neto, mãe e irmão da vítima. A magistrada rejeitou integralmente os pedidos de soltura e de flexibilização das medidas apresentados pelas defesas. Em sua deliberação, ela afastou a alegação de excesso de prazo, argumentando que a duração da tramitação é compatível com a complexidade da investigação, que envolve múltiplos réus e uma extensa coleta de provas.
O fundamento central da decisão reside na proteção da ordem pública, visto que os autos indicam a suposta aquisição e utilização recorrente de cetamina, um fármaco de uso veterinário, em contextos familiar e comercial. Para o juízo, essa conduta representa um risco concreto à sociedade, justificando a manutenção das prisões preventivas. A juíza enfatizou que persistem os pressupostos legais para a segregação cautelar, como a existência de indícios suficientes de autoria e a comprovação da materialidade dos crimes investigados.
Adicionalmente, a decisão judicial negou a substituição das prisões por medidas menos severas, como prisão domiciliar ou autorização de deslocamento entre estados. Para os investigados que respondem em liberdade, a exemplo de Verônica Seixas, foi mantida a obrigatoriedade do uso de tornozeleira eletrônica. Desta forma, a Justiça do Amazonas reitera a necessidade das medidas cautelares atuais para garantir a lisura do processo e resguardar a ordem pública diante da gravidade dos fatos apurados.











