O inquérito que apura a colisão entre um jet-ski uma lancha no Rio Negro, na comunidade Acajatuba, em Iranduba, foi finalizado nesta quinta-feira (4) e resultou no indiciamento do empresário Robson Tiradentes por homicídio culposo. O acidente, ocorrido em 20 de setembro, causou a morte de Pedro Batista, Marcileia Silva Lima e do bebê Jhon da Silva Gonzaga, de cinco meses. Outras duas pessoas ficaram feridas.
As investigações apontam que Robson trafegava durante a noite, em uma área com baixa visibilidade e sem domínio adequado do local. Segundo a polícia, ele retornou sozinho para procurar familiares que acreditava estarem à deriva, atitude considerada arriscada e fora das normas de segurança, já que motos aquáticas não podem navegar em condições de pouca visibilidade.
Ao analisar a justificativa apresentada pelo empresário, a Polícia Civil concluiu que a situação descrita não se enquadrava como emergência que justificasse a quebra da regra. Para os investigadores, embora Robson estivesse preocupado com a família, havia alternativas mais seguras para solicitar socorro ou iniciar o resgate. O laudo da Marinha também distribuiu responsabilidade aos envolvidos.
Segundo o órgão, tanto Robson quanto o condutor da lancha agiram com imprudência. O piloto do bote navegava sem luz de sinalização e não forneceu coletes salva-vidas aos ocupantes. Já Robson permitiu que seu passageiro estivesse sem colete e conduziu o veículo de forma irregular durante a noite. Ambos eram habilitados, mas descumpriram normas essenciais para navegação segura.
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