Um avião venezuelano transportando droga foi abatido pela Força Aérea Brasileira na terça-feira, mas só nesta quarta a notícia foi divulgada. O avião entrou clandestinamente no espaço aéreo nacional e desobedeceu às ordens de pouso forçado. A aeronave caiu nas proximidades de Manaus e os dois traficantes a bordo foram encontrados mortos.
A Polícia Federal encontrou drogas – em quantidade que ainda está sendo verificada – no interior do equipamento. Todos os movimentos foram realizados em conjunto com a Polícia Federal e seguiram os protocolos determinados pelo Decreto nº 5.144, de 2004, que regulamentou a chamada “Lei do Abate”.
De acordo com a FAB, houve inicialmente “medidas de averiguação” para confirmar a identidade da aeronave e vigiar seu comportamento.Na sequência, os militares determinaram ao avião interceptado que modificasse a rota, com o objetivo de fazer um pouso forçado em aeródromo da região amazônica.
Sem resposta por parte da aeronave interceptada, a FAB passou então para as medidas de persuasão. Nesse estágio, são efetuados tiros de aviso.Novamente sem resposta, sempre de acordo com a Aeronáutica, o avião foi classificado como hostil e submetido a “tiros de detenção” — com a finalidade de impedir a continuidade do voo.
“Essa medida é utilizada como último recurso, após a aeronave interceptada descumprir todos os procedimentos estabelecidos e forçar a continuidade do voo ilícito”, afirmou o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (Cecomsaer).
O avião acabou colidindo com o solo, no meio da selva, e pegou fogo. Por isso, até agora ainda não foi possível identificar o modelo da aeronave.A operação foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (Comae) e fez parte da Operação Ostium, que busca sufocar atividades criminosas na fronteira brasileira.