En Buton, Indonésia, um mistério genético chama atenção do mundo. No meio de uma população com olhos escuros – algo comum no Sudeste Asiático – alguns moradores surgem com olhos de um azul intenso, quase hipnotizante, como se carregassem o mar nas íris.
A causa, segundo cientistas, está ligada à Síndrome de Waardenburg, uma condição rara que afeta a pigmentação da pele, do cabelo e principalmente dos olhos. Pessoas com essa síndrome podem nascer com um olho de cada cor ou com azul brilhante, independentemente da ancestralidade.
A síndrome é rara em todo o mundo, mas em Buton ela aparece com mais frequência do que o esperado — sugerindo que mutações genéticas podem ter se consolidado dentro da própria comunidade ao longo de gerações. Muitos habitantes vivem normalmente e levam uma vida comum na ilha, mas o olhar diferente acabou transformando alguns em verdadeiras lendas vivas, atraindo antropólogos, fotógrafos e cientistas que ainda tentam entender por que esse traço floresceu justamente ali.
Um lembrete curioso de que o planeta ainda guarda mistérios vivos escondidos em pequenas ilhas, onde a genética desafia a lógica e a beleza se revela em detalhes que poucos têm a sorte de testemunhar. Na versão aborígene deles, em tempos imemoriais, os homens-pássaro desceram das estrelas e copularam com as mulheres da Aldeia, nascendo crianças de olhos azuis.











