Moradores da Coab de Flores amanheceram o domingo sobressaltados, com o incêndio que atingiu a fábrica da Ambev em Manaus. Outros moradores da Alvorada I, que residem nas proximidades do local também correram para o meio da rua em decorrência da fumaça que tomou conta do local. O incêndio começou por volta das 5 horas da manhã e logo em seguida o Corpo de Bombeiros Militar se fez presente ao local.
Mesmo a Brigada Contra Incêndio da própria fábrica tendo começado a agir assim que as chamas começaram, o Corpo de Bombeiros mobilizou oito viaturas e 32 militares foram enviados para a ocorrência. No total, foram utilizados 80 mil litros de água no combate às chamas. Segundo nota oficial expedida pela empresa, o incêndio não atingiu a fábrica propriamente, mas uma área externa, em nada tendo prejudicado a produção normal da empresa.
Causa desconhecida
Até o fechamento desta edição, ainda não se sabia as causas do incêndio. O fato gerou comoção pela Ambev ser a maior empresa do ramo no país e pela unidade de Manaus ser uma das mais produtivas. Outro motivo é pela área em que a fábrica está instalada, com inúmeras casas quase coladas à unidade, o que está deixando os moradores de cabelo em pé. “Nunca vimos isso por aqui então nesses tempos em que a gente só vê na mídia ocorrências de bombas, a gente fica até com medo que este episódio se repita”, disse M.N.L.G, 65, professora aposentada e moradora da Coab.
Outros, como Joaquim Nazário Bentes, 51, também morador próximo, cogita que mesmo que tenha sido alguma sabotagem, ninguém vai querer admitir. “Agora tudo se resolve na base da violência, que a gente já foca até com medo. Desta fez conseguiram apagar as chamas à tempo, mas se o fogo tivesse atingido alguma casa, aí sim seria uma tragédia”, disse ele.
Rescaldo
O Corpo de Bombeiros (CBMAM) informou que foi acionado por volta das 5h deste domingo e realizou um trabalho de rescaldo no local para prevenir novos focos de incêndio. Além disso, os bombeiros realizaram o confinamento das chamas, evitando que se alastrassem para as edificações ao redor da fábrica.
“Nossas equipes foram enviadas rapidamente ao local e ao chegarem, se depararam com enormes labaredas de fogo. A partir disso, atuamos com várias linhas de frente. Os combatentes fizeram o confinamento das chamas para evitar que atingisse outras edificações. Por protocolo de segurança, solicitamos a evacuação das casas do entorno”, explicou coronel Orleilson Muniz, comandante-geral do CBMAM.