Em Carauari, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) obteve a condenação de Jacó Rodrigues Sombra a 25 anos de reclusão pelo assassinato de sua ex-companheira. O crime ocorreu no dia 7 de abril de 2024 e foi praticado com crueldade, motivação torpe e na presença das filhas do casal, conforme reconhecido pelo Conselho de Sentença.
Durante o julgamento, realizado na segunda-feira (09/06), todas as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público foram acolhidas pelos jurados, que rejeitaram a tese da defesa de homicídio privilegiado por violenta emoção. A sentença foi proferida pelo juiz Jânio Tumoto Takeda, que determinou o cumprimento da pena em regime inicialmente fechado. O réu saiu do júri já preso.
Conforme a denúncia do MPAM, o acusado não aceitava o fim do relacionamento e, por ciúmes, utilizou uma faca para matar a vítima de forma brutal, mesmo na presença das duas filhas pequenas. Além da pena-base, que foi fixada em 20 anos por conta das três qualificadoras, o réu teve a pena aumentada pela prática do crime na presença de descendentes diretos da vítima, totalizando 25 anos.
O promotor de Justiça Eduardo Gabriel destacou a importância da condenação como resposta institucional à violência de gênero. “A condenação, além de aplicar a justiça ao caso concreto, punindo o criminoso, transmite uma mensagem: a atuação do Ministério Público no tribunal do júri se dá em defesa da vida. Um julgamento é isto, ou deveria ser: no início se depõe o sofrimento, no fim se faz justiça a ele”, afirmou.
Apesar de a sentença não reverter a tragédia vivida pela família da vítima, a responsabilização do agressor representa um passo essencial no combate à impunidade e no incentivo à proteção das mulheres.
