Mesmo com a ação dos órgãos competentes, a maldição das ‘Agegas’ pegou em Manaus, principalmente nas zonas Leste e Norte. As festas em locais públicos, como ruas e praças, ocorrem sem controle de instituições públicas e com ocorrências de violência, venda de bebida alcoólica a menores de idade e perturbação da ordem pública.
O ECA é “uma eca” para eles
Apesar da Lei 8.069/90, do Estatuto da Criança e do Adolescente, que criminaliza a venda, fornecimento, serviço, administração ou entrega, mesmo que gratuita, de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes, as ‘adegas’ infringem o ECA, que acham “uma eca”, uma vez que não existe qualquer fiscalização sobre a comercialização de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes que frequentam esse ambiente.
Ocorrências
Os riscos são reais. No dia 12 deste mês de agosto ocorreu uma briga no meio da rua durante uma “adega” no bairro Mauazinho, na zona leste de Manaus. Embora tenham tentado separar o conflito, alguns homens foram atingidos por socos e tapas. Uma das mulheres envolvidas teve parte da roupa rasgada e os seios ficaram expostos. A briga viralizou nas redes sociais.
No 28 de junho deste ano, um jovem de 20 anos foi morto a tiros após uma discussão na “Adega do Vieira Tabacaria”, no bairro Monte das Oliveiras, zona norte da cidade. Em 19 de julho de 2025 outra briga ocorreu em uma “adega” na Avenida Alphaville, zona leste. Um motorista registrou o tumulto.
No vídeo, os envolvidos trocam socos e chutes enquanto a música soava alta e contínua. Antes dessas ocorrências, uma briga generalizada ocorreu no dia 3 de maio entre dezenas de jovens também em uma festa popular na rua. Novamente o registro em imagens se espalhou pela internet. Nos vídeos há sons de gritos, correria e pancadaria. Não houve prisões.