Desde sua fundação em 3 de agosto de 1960, a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) atua como um fórum estratégico voltado ao fortalecimento da indústria, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região. A entidade tem papel decisivo na consolidação da Zona Franca de Manaus (ZFM) e na busca por novas matrizes produtivas para o Amazonas.
A assembleia de criação da Fieam contou com a participação dos líderes sindicais Antônio de Andrade Simões (panificação), Francisco das Chagas Menezes (extração de borracha), Alcides Ramos Paes (calçados), Moysés Benarrós Israel (serrarias e carpintarias) e Petrônio Augusto Pinheiro (bebidas). A primeira diretoria foi liderada por Abrahão Sabbá, eleito presidente, acompanhado por empresários como Moysés Israel e Carmine Aronne.
Ao longo das décadas, a presidência da Fieam foi exercida por Abrahão Sabbá, Antônio Simões, João de Mendonça Furtado, Francisco Garcia Rodrigues e José Nasser. Atualmente, a entidade é liderada pelo empresário Antonio Silva, também vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A corporaão intensificou sua atuação em áreas estratégicas como infraestrutura, energia, legislação trabalhista e tributária, sempre com foco na atração de investimentos e no estímulo à economia regional.
“Ao completar 65 anos, a Fieam reafirma sua missão de representar, fortalecer e inovar o setor industrial amazonense. Sua trajetória está diretamente ligada ao crescimento econômico do Amazonas e à consolidação do modelo Zona Franca de Manaus como motor de desenvolvimento sustentável e inclusivo na região Norte”, assinala o presidente da Fieam.
Composta por 23 sindicatos patronais, que representam os principais setores industriais do estado, entre eles a construção civil, construção naval, metalurgia, eletroeletrônicos, químico, alimentação, panificação, fiação e tecelagem, cerâmico, instalações elétricas, gás, hidráulicas e sanitárias, marcenaria, gráfico, relojoeiro, massas alimentícias e biscoitos, calçados, material plástico, empresas jornalísticas, meios magnéticos, confecções, entre outros, a Fieam oferece assessoria jurídica, suporte técnico e articulação institucional por meio de coordenadorias especializadas em temas como comércio exterior, inovação e logística.
Desde a criação da ZFM pelo Decreto-Lei nº 288 de 1967, a Fieam passou de mera representação sindical a protagonista nas decisões que moldam o Pólo Industrial de Manaus (PIM). Um dos destaques recentes dessa atuação, foi a liderança nas mobilizações pela manutenção dos incentivos fiscais da ZFM no contexto da Reforma Tributária, assegurando a competitividade regional.
Outra iniciativa de relevância é a Agenda Legislativa da Indústria, cuja 30ª edição foi lançada em março de 2025. O documento reúne 135 propostas voltadas à inovação, sustentabilidade e política industrial. “A Agenda Legislativa é fundamental para fortalecer o ambiente de negócios, atrair investimentos e impulsionar o desenvolvimento econômico do país”, afirmou Antonio Silva.
A Fieam também lidera ações de valorização da indústria por meio do Prêmio Qualidade Amazonas (PQA), além de integrar iniciativas nacionais como o Prêmio Professor Samuel Benchimol e o Empreendedorismo Consciente do Banco da Amazônia.
Composto pela Fieam, Sesi, Senai e IEL, o Sistema Indústria do Estado Amazonas cumpre papel essencial na promoção da educação, saúde, inovação e qualificação profissional, atendendo tanto à indústria quanto à sociedade amazonense. O Serviço Social da Indústria (Sesi Amazonas), com 76 anos de atuação, promove saúde preventiva, segurança no trabalho e educação básica, contribuindo para a produtividade e o bem-estar de milhares de trabalhadores. Suas ações também auxiliam as empresas a cumprirem obrigações legais e melhorar o ambiente laboral.
O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Amazonas), criado em 1957, soma mais de 775 mil matrículas em quase 200 cursos. Com unidades na capital e interior, como Iranduba, Itacoatiara e Parintins, o Senai se destaca pelo atendimento às populações ribeirinhas por meio dos barcos-escola Samaúma I e II. Em 46 anos de navegação, os barcos-escolas já realizaram 63.837 atendimentos, sendo 53.273 pelo Samaúma I e 10.564 pelo Samaúma II em 65 municípios dos estados do Amazonas, Pará, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima, totalizando mais de 60 mil formações em 18 cursos profissionalizantes.
O Instituto Euvaldo Lodi (IEL Amazonas), desde 1970, fortalece a conexão entre indústria, talentos e centros de conhecimento. Atua em programas de estágio, formação de lideranças e qualificação empresarial, promovendo a inovação e a competitividade no setor produtivo local.