Junto ao Teatro Amazonas, Palácio Rio Negro e Palácio da Justiça, o mercado Adolfo Lisboa, o “Mercadão”, é a grande vedete aos domingos. Com estilo Art nouveuau – a pessoa se sente em Paris, pergunte aos turistas? – o local fica lotado, principalmente nos finais de semana. Nem os preços ‘salgados’ espantam as pessoas, de todas as classes sociais.
O mercado abriga 175 permissionários distribuídos em quatro pavilhões: carne, peixe, hortifrúti e pavilhão central, onde são vendidos peixes, artesanato indígena e caboclo, ervaria, frutas e verduras. Em mais de três séculos de história, a metrópole da região Norte conserva prédios históricos, construídos na Época Áurea da Borracha, quando Manaus foi um importante centro financeiro.
Réplica do ‘Les Halles’ de Paris
O mercado Adolpho Lisboa, no estilo art nuveau, é uma réplica do mercado Les Halles, de Paris. Símbolo remanescente da época áurea da borracha, o prédio é um expressivo exemplar da arquitetura do ferro no Brasil, tendo seu inestimável valor reconhecido por meio de tombamento no Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde o fim do século passado.
Manaus-Moderna
Entre os anos de 1980/1989, o projeto ‘Manaus Moderna’ passou a ser instalado, criando um certo afastamento do rio, apesar de haver ainda um certo contato. Houve um aterramento entre as laterais, o que quebrou um pouco a tradição. Em diferentes décadas se ‘brigou’ sobre o que seria construído no entorno do mercado. Na praia haviam verdadeiras feiras flutuantes, canoas, embarcações, chamando atenção dos viajantes.
Muitas pessoas que passavam pela região o achavam exótico e escreviam sobre o lugar. Certamente era um dos pontos turísticos mais significativos na história de Manaus. Contudo, ele continuou ‘vivo’ com seus produtos regionais. Nos períodos de 1880 e 1910 se importava de tudo. Depois disso, voltou a contemplar um comércio mais regional.