Faleceu neste domingo (19), no Rio de Janeiro, o jornalista esportivo Léo Batista, aos 92 anos. Internado desde o dia 17 de janeiro no hospital Rio’s Dor, em Jacarepaguá, Zona Oeste da cidade, Léo tratava de um quadro de trombose. Reconhecido como uma das vozes mais emblemáticas do jornalismo esportivo brasileiro, sua trajetória atravessou gerações.
Nascido João Baptista Bellinaso Neto em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, São Paulo, Léo iniciou sua carreira no rádio e alcançou o auge na televisão, especialmente na Rede Globo, onde ingressou em 1970. Ele foi um dos criadores do Globo Esporte, lançado em 1978, e ajudou a inaugurar o Jornal Hoje em 1971, ao lado de Luís Jatobá e Márcia Mendes. Sua narração dos gols no Fantástico tornou-se icônica, assim como suas participações no Esporte Espetacular e no Jornal Nacional.
Uma trajetória marcada por grandes coberturas
Léo Batista esteve presente em todas as edições da Copa do Mundo desde 1950, além de cobrir Olimpíadas e Jogos Pan-Americanos. Entre os momentos mais marcantes de sua carreira, destaca-se o anúncio ao vivo, em 1994, da morte de Ayrton Senna, e a transmissão do primeiro jogo de Garrincha, em 1953. Ele também foi o primeiro radialista a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, pela Rádio Globo.
Vida pessoal e legado
Léo enfrentou perdas pessoais, como a morte de sua esposa Leyla Chavantes Belinaso em 2022, vítima de um infarto. Mesmo após a tragédia, manteve-se ativo profissionalmente, demonstrando sua paixão pelo jornalismo.
Considerado um dos maiores nomes da comunicação esportiva no Brasil, Léo Batista deixa um legado de dedicação, pioneirismo e amor ao esporte, inspirando gerações de jornalistas.