A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20/9), a Operação Emboadas em 13 cidades, dentre elas Manaus, com o objetivo de desarticular esquemas criminosos envolvendo mineração ilegal de ouro.
A polícia cumpriu 4 mandados de prisão preventiva e 48 de busca e Apreensão, além do sequestro de bens no montante total de mais de 1 bilhão de reais.
No Amazonas, a operação identificou indícios de contrabando de ouro para Europa após a prisão em flagrante de pessoa que transportava 35 kg de ouro, e pretendia entregar a dois norte-americanos, sócios de uma empresa em Nova Iorque.
A investigação revelou que a organização criminosa adquire ouro de terras indígenas e leitos de rios com uso de dragas e, por meio de fraude, declara que o ouro foi extraído em permissões de lavra garimpeira (PLG) regularmente constituídas. Também foi identificado que o alvo principal realiza o esquentamento do ouro através de um austríaco que se naturalizou brasileiro e afirma ter mais de mais R$ 20 bilhões em barras de ouro em um suposto país independente criado pelo próprio investigado.
Os investigados responderão pelos crimes de usurpação de bens da União, organização criminosa, lavagem de dinheiro, extração ilegal do ouro, contrabando, falsidade ideológica, receptação qualificada e outros tipos penais.
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Nova Era da Torquato na mira da PF
O Supermercado Nova Era, localizado na avenida Torquato Tapajós, foi alvo da “Operação Emboadas” deflagrada pela Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (20).
Segundo informações preliminares, por volta de 5h20 as viaturas já estavam pelas ruas de Manaus e as 5h40 foram flagradas no Nova Era. Servidores da Receita Federal acompanharam a ação. Supostamente, os agentes levaram documentos e eletrônicos que devem contribuir com as investigações.
Até o momento, a Polícia Federal não informou a identificação dos investigados.
Por meio de nota, a empresa se pronunciou sobre o caso e explicou que os agentes da PF foram até o local para “coletar informações relacionadas a vendas de exportações” e também que “toda equipe do MNE foi instruída de maneira a colaborar com a investigação da PF, fornecendo todos os documentos solicitados e acessos necessários.”
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