O Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson é lembrado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), neste 11 de abril, a data tem como objetivo levar mais esclarecimentos sobre a doença e as possibilidades de tratamento para que o paciente e sua família tenham uma melhor qualidade de vida.
O neurologista do Sistema Hapvida, Marcelo Marinho, explica como a doença ocorre e suas possíveis causas. “O Parkinson é uma doença neurodegenerativa, ou seja, temos uma perda progressiva de neurônios em regiões específicas do cérebro, responsáveis pela produção da substância dopamina, muito importante no controle dos movimentos, explicando assim seus principais sintomas: lentidão, rigidez e tremor. A genética é importante no Parkinson de início mais precoce, com idade inferior a 50 anos. Quando surge em sua faixa etária habitual após os 60 anos, não existe um componente genético significativo”.
O médico ainda explica como ocorre o tratamento após o diagnóstico da doença, e se há algum tipo de prevenção. “O tratamento visa repor a substância em falta, a dopamina. Então, é feito através de remédios em comprimido, mas já existe para casos muito específicos, cirurgias para tratamento da doença. A atividade física é um fator protetor da doença, mas seu surgimento não depende muito de fatores de risco cardiovascular, não sendo possível prevenir de forma adequada”.
Dados da OMS apontam que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 65 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o problema. Além do tremor e falta de coordenação motora, há também outros sintomas não motores, como a diminuição do olfato, distúrbios do sono, alteração do ritmo intestinal e depressão.
A doença não tem cura, mas é tratável com medicações que repõem parcialmente a dopamina, substância que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas, melhorando os sintomas. Os medicamentos devem ser usados por toda a vida.
Dentre as recomendações de prevenção listadas pelos especialistas estão:
• Procure um médico tão logo perceba um ligeiro tremor nas mãos ou tenha notado que sua letra diminuiu de tamanho (micrografia);
• Mantenha a atividade intelectual; leia, acompanhe o noticiário;
• Não atribua ao passar dos anos a perda da expressão facial e o piscar dos olhos menos frequentes;
• Pratique atividade física regularmente – isso ajuda a preservar a qualidade dos movimentos.
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